Como viajante no tempo, a memória tem o dom de facilmente nos levar a situações, lugares, pessoas ou emoções que nos marcaram. Essas viagens são as recordações, que podem ser doces, neutras ou amargas. Contudo, à medida que o tempo passa, muitas começam a ser sentidas de forma diferente, transformando-se em ternura. Diria que se “instalam” naturalmente no nosso coração!
Nos últimos dezoito anos, é raro o dia em que não recordo a minha mãe. Por isto, por aquilo…ou por nada! Hoje, o que sinto, é uma imensa ternura, uma doce memória, já sem dor nem tristeza, mas sim com muita gratidão pelo muito que deixou em mim.
O poema que se segue foi escrito pouco depois do seu falecimento, que ocorreu no último dia do mês de Novembro de 1998. Daí, a publicação deste post no dia de hoje. Apesar de datado no tempo e construído de uma forma que não seria a de agora, a mensagem e o sentimento que revela continuam semelhantes… actuais…e sempre dentro de mim!
Mãe
Pouco tempo antes de partires
disseste-me a medo que nada compreendias
porque, apesar da idade
ainda te sentias menina.
Chegou então o dia da grande viagem…
Em liberdade etérea
terás voado entre nuvens e horizontes
e respirado os pormenores da vida
que em vida te foram fugindo.
Terás agora dentro de ti
todas as plantas e flores que apreciavas
montes, vales e amplas paisagens
ou o mar da tua infância que nunca esquecias.
Neste tempo sem limites
e de presença ausente
estarei sempre contigo
Mãe,
porque em mim,
ficou a tua semente!
Que bela homenagem em um lindo poema! Parabéns Dulce!💛
LikeLike
Muito obrigada pelo comentário e pela presença!
LikeLiked by 1 person
Adorei!…e que em dias como o de hoje, um cristal ao pescoço também te acompanhe 🙂
LikeLike
Obviamente que me acompanhou e … acompanhará!
Bj e obrigada!
LikeLike