gaivotas

 

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Levantam e pousam
as jovens gaivotas
na superfície do mar.

Aprendizes do vento,
da liberdade
da sobrevivência
e da vida,
repetem ruidosamente
esse jogo de crescimento.

Mas tudo na vida tem o seu tempo.

É ainda nos pais
que procuram o alimento,
num estranho ritual
de sons
de movimentos
e disputado entre irmãos
de modo agressivo
e turbulento.

A vida e a natureza
entrando pelo meu olhar,
pura
dura
real,
mas sempre,
sempre a me cativar!

 

(Dulce Delgado, Agosto 2017)
(Fotografias de Jorge Oliveira)

 

 

13 thoughts on “gaivotas

  1. “tudo na vida tem o seu tempo”, “a vida e a natureza entrando pelo meu olhar”. ganhei o dia. que versos de finitivos e belos. ricos e densos. como sempre a instigar o pensamento. muito obrigado, pelas palavras e pela sensibilidade. o meu abraço.

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    1. Que bom ter proporcionado um momento agradável!
      A natureza é uma fonte de mensagens, desde que as queiramos ver, e de aprendizagens, desde que as queiramos entender. E eu não só adoro como preciso desse desafio… em que o meu olhar é a porta de entrada!
      Obrigada pelas palavras e pela presença assídua!

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    1. Sim, é uma sequência de fotos marcantes… e cheias de vida!
      Perante esta cena, o meu companheiro (o autor das imagens), captou o contexto, a forma, a cor, a luz, a vida em bruto. Eu vi essa vida… e a possibilidade de um poema!
      Acho que este post é o resultado dessa curiosa parceria!
      Obrigada pela presença!

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