Somos gente,
matéria e sopro de vida
em corpo de sangue
quente,
gente de fé
de pensamento
e de tanto sentimento!
Mas somos sombra
igualmente,
sombra parceira da luz
elástica
fresca
e transparente,
sombra eterna
que nos persegue
ao ritmo do movimento.
Sombra
sempre anulada
pelo brilho de um espelho,
face única
e transcendente
onde a sombra fica ausente
e a luz
é permamente.
Face de viva magia
fronteira do aparente,
lugar imagem…
lugar miragem…
mas sempre lugar de viagem
ao outro lado da gente!
(Dulce Delgado, Setembro 2017)
Tenho fascínio pela sombra. Não pelo que pode esconder embora haja também nela mistério mas pelo que revela à luz. Ambas se completam nessa viagem pelo imaginário e pela realidade. Que texto suave e denso ao mesmo tempo. O meu abraço.
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Diria que este poema é uma pequena divagação pela sombra real, pela sombra metáfora e pelo facto fascinante de num espelho não existir sombra.
Como sempre, agradeço muito a sua presença e o seu comentário!
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Muito bonito… um belo olhar para a eterna sombra que nos persegue toda a vida 🙂
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Ainda bem que gostaste desta “viagem” pela luz e pela sombra…
Bjs e obrigada!
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Gostei muito do poema, Dulce. Ele soa tão natural…
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Agradeço o seu sentir! E a presença e o comentário, claro!
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