Sopra forte
o vento norte.
Força o vidro
assobia na fresta
e esperançoso,
espera.
A janela
sente a corrente,
mas mostra-se indiferente…
Que pena,
pensa o vento,
é tão bela e transparente!
Que pena,
pensa a janela,
que bom seria ser vela
enfunar
e loucamente viajar
ao sabor deste vento!
(Dulce Delgado, Dezembro 2017)