Numa recente incursão pela Serra de Sintra, esta recebeu-nos da forma que mais aprecia: envolta em nevoeiro!
Apesar de eu não ser uma forte adepta da humidade e do frio associados a esse estado meteorológico, nesta serra tão próxima das minhas emoções ele transforma-se em magia para o olhar e preenche-o de tal forma que se torna belo, envolvente e acolhedor.
Ao atenuar os detalhes e as cores, o nevoeiro valoriza as formas e a sua expressividade…
Mas os detalhes estão ali, agarrados aos troncos das árvores, na textura dos blocos graníticos ou no coberto vegetal do solo. Basta olhar…
E na base de toda esta vida está a água, sempre o elemento água, que de uma forma mais ou menos visível está bem presente nesta altura do ano.
Estas poucas imagens, das imensas que aqui poderiam estar, foram obtidas na periferia do Santuário da Peninha, local que fica relativamente perto do cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa Continental.
Espero que as apreciem!
Emocionantes
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A Serra de Sintra é sempre uma emoção, com ou sem nevoeiro!!
Obrigada e boa semana!
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A serra de Sintra com nevoeiro assume a sua face misteriosa e mágica como só ela sabe. Vemos, sentimos, cheiramos e, deste modo, a serra entranha-se em nós e nós perdemo-nos nela, numa simbiose de há já muitos anos mas sempre pacificadora e meditativa.
As tuas imagens são lindas e representam bem esse encontro íntimo. Gosto em particular da última.
No outro dia, na Casa dos Açores, fiz a apresentação de um livro de fotografias sobre o Corvo e, nesse livro, a imagem do Caldeirão estava envolta em nevoeiro … mal se reconhecia.
Lembrei-me de invocar o livro do Raul Brandão – “Ilhas Desconhecidas” – em que ele refere a particularidade do cinzento dos nevoeiros nos Açores: “Há aqui sobretudo um tom que eu quero notar, porque nunca o vi assim em parte alguma: o cinzento graduado até ao infinito, […] que só pertence aos Açores […] É uma luz que me acaricia, uma série de cinzentos, que entram uns nos outros e desmaiam, apanham não sei que claridade e ficam absortos e quietos, ou criam uma nova vida e recomeçam uma gama de tons que fariam o desespero dum pintor, porque a paisagem a esta luz extraordinária ganha sombras, variedade e frescura que os pincéis não sabem reproduzir…”
Em Sintra sinto-me um pouco como nas minhas ilhas, nos Açores, em particular nestes dias de nevoeiro. Obrigado por me fazeres lembrar.
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A tua cumplicidade com o nevoeiro é de longa data como bem sabemos. Creio que estará mesmo inscrita nos teus genes açorianos…genes que ao longo da vida foram “alimentados” pelos nevoeiros cheios de personalidade da Serra de Sintra!
Apenas posso dizer que é lindo esse trecho que reproduziste das “Ilhas Desconhecidas” do Raúl Brandão e que tão bem descreve os cinzentos dinâmicos do nevoeiro.
Agradeço a forma como complementaste o post. E acredita: sempre que encontro a Serra com nevoeiro, como neste dia, lembro-me de ti!
Bj
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Adoro Sintra nesse estado ‘mágico’ ❤ bonitas fotografias!
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Cresceste no meio dessa magia, minha filha!
Bj e obrigada!
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Apreciei demais.
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Muito obrigada Cris, fico feliz!
(até dá em verso…)
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Muito bonito! 🙂
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Obrigada!
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Gostei dos registros, Dulce!!!
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Ainda bem! Esta serra é muito fotogénica…
Obrigada.
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What a beautiful place, Serro del Sintra. I see it’s in Portugal – maybe I will travel to Portugal and visit some day. I love the fog, the huge rocks, the ferns, the trees. And I like the way you have a puddle at the end. 🙂 Wonderful! Thank you for the follow, too.
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I´m sure you would like to visit Serra de Sintra and all the beautiful places it offers to our eyes and soul.
As a lover of nature and details, of course I appreciate your blog and your way of looking around. I also love to share my points os view, not only in my blog but always in my Instagram page (the acess is in the blog).
Thank you very much for your comment!
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I looked on the map – wow, so close to Lisbon, it’s wonderful to have such a beautiful wild place near the city. I’ll check your Instagram. Honestly, I’m not crazy about Instagram because the images just appear and disappear so fast. You probably understand. I have to tell you again, these are beautiful! The wavy “arms” of the trees are pretty. I think our little fern that grows on the mossy rocks and on trees, Licorice fern (Polypodium glycyrrhiza) is like the one pictured here.
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olá, vejo que tem um blog genial sobre poesia, já venho acompanhando suas escritas há algum tempo, e daqui pra frente vou sempre acompanhar suas obras, seria uma imensa honra para mim se acompanha-se meu blog de poesias: https://tvweb2016.wordpress.com/
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Agradeço o seu interesse pelo meu blog e principalmente pelas minhas poesias, apesar de estas serem apenas uma parte do conteúdo da minha página. Na verdade gosto de explorar várias vertentes do olhar…e das palavras!.
Certamente que irei calmamente apreciar e acompanhar o seu espaço de poesia.
Grata por comentar.
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Love those greens in the fog 🙂
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