…e das deliciosas castanhas a ele associadas, volto pela quarta vez a este tema desde que em 2016 iniciei o blog, reflectindo uma tradição que o tempo continua a guardar e que na minha família gostamos de celebrar.
Por questões logísticas, este ano o habitual encontro aconteceu de véspera, ontem portanto. Em volta da mesa os presentes e os ausentes, e em cima da mesa, para além das castanhas, outras iguarias tradicionais como o quente caldo verde, o chouriço e a batata doce assada, a tábua de queijos, as azeitonas, o doce de abobara e outros complementos que sempre aparecem para adoçar o evento.
O vinho acompanhou o degustar dos petiscos e o ritmo da conversa. Ele não foi “o primeiro vinho maturado do ano” como mandaria a tradição para esta data. Porém, não havendo agricultores ou vinhas na família, recorre-se ao supermercado onde a escolha é vasta. Também a jeropiga, um licor de vinho doce típico desta época esteve presente na hora de degustar as castanhas.
Da tradição faz parte um brinde colectivo, um tchim-tchim direccionado aos presentes, à saúde, à Vida e aos projectos pessoais. E ao mundo também, porque bem precisa de boas energias! Intimamente lembramos ainda os ausentes, já falecidos ou não. Afinal eles são as nossas raízes, o tronco de onde nascemos.
Ontem, num flash, esta imaginação trouxe igualmente para a mesa o S. Martinho de Tours envergando metade da sua capa vermelha. A outra metade ficou algures no séc. IV protegendo um pedinte da chuva e do frio, ou no corpo de Jesus como visionou o santo. Diz ainda a lenda que depois do S. Martinho agasalhar o pedinte, as nuvens desapareceram do céu e o sol brilhou durante três dias para os aquecer.
Este ano o S. Martinho não se fez acompanhar desses típicos “três dias de Verão”, presenteando-nos com um estranho leque de condições meteorológicas. Até ele foi obrigado a se a adaptar à instabilidade dos tempos…
Neste seu dia será celebrado e lembrado em muitos lugares… pela minha parte, gosto de pensar que ontem, virtualmente sentado à nossa mesa, ele apreciou a companhia, o calor humano, a boa disposição e os petiscos!
Obrigada Lena!
(Dulce Delgado, Novembro 2019)
Que tradição linda. Me senti sentando na mesa com vocês. Amei tudo. Não conheço ainda a jeropiga, mas acredito que ia gostar. Obrigada por dividir comigo este dia especial da família, Dulce. Abraços
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Eu é que agradeço o facto de ter apreciado o post e os detalhes desta tradição. E estou certa que apreciaria a nossa jeropiga!
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Quando as tradições, que considero importante manter, têm este sentir que descreve no seu texto, fazem ainda mais sentido serem celebradas em redor de quem mais amamos e apreciamos.
Quero calor humano continue sempre a lembrar e a festejar o S. Martinho!
Uma boa noite!
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Ninguém mais do que eu deseja isso, por muitos e longos anos. Com saúde e afectos por perto!
Muito obrigada Fernanda e um dia bom!
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Que ambiente tão acolhedor, Dulce. São estas tradições, com toda esta envolvência que fazem sentido, sim.
Obrigada por partilhar, um bom S. Martinho.
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É um momento apreciado por todos e partilhado com boa disposição…e sempre petiscos à altura!
Obrigada Irina!
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Que desenho bonito, que texto agradável e uma tradição que adoro todos os anos…. Obrigada Tia! 🙂 e para o ano lá estaremos num próximo encontro de família… ❤
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Esperemos que sim! E obrigada por teres apreciado os vários detalhes do post.
Bjs maternais!
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It sounds like a beautiful, and delicious tradition. Chestnuts don’t play a big part in most American homes, but my mother always made a wonderful dish from them for Thanksgiving. It was a laborious process but well worth it, and I try to carry on the tradition when I can. (What a beautiful drawing!)
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Yes, it is indeed a good and delicious tradition that all members of the family appreciate.
Personally, I’m a big fan of chestnuts, whether raw or cooked. They are always good!
Certainly that dish is delicious!
Thanks so much for the comment and for appreciate my drawing!
I wish you a nice weekend!
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You did the drawing?? I didn’t know that, now I am even happier with it. 🙂
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Thank you!
Yes, all drawings published on the blog are mine. If not, the author or source is indicated at the end of the post.
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