Ao ler que a 13 de Maio, hoje portanto, se celebra o Dia do Duende, não resisto a lhes dedicar algumas linhas. A eles a todos os seus amigos que adquirem vários nomes consoante as mitologias em que se enquadram.
Parece que estes seres-energia são muito pequenos, gostam de se vestir de verde e são extremamente rápidos a ponto de se tele-transportarem. Apreciam as nossas casas, são muito travessos e gostam de se meter com os humanos, ora para os ajudar ora aprontando das suas e atrapalhando os nossos dias. Enfim, podem ser uns anjinhos ou uns pequenos diabinhos!
Tendo em conta estas características, gosto de imaginar que eles nos acompanham e que de vez em quando circulam pela casa num espreitar invisível, actuando no escuro da noite ou mesmo em plena luz do dia. De que modo?
…mexendo nos livros e tirando-os da ordem
….fazendo cair objectos sem razão objectiva
…mudando coisas do sítio
…escondendo objectos em lugares que a memória não lembra ou totalmente absurdos
…e adorando sujar o que acabamos de limpar!
No entanto, na sua versão de “anjinhos” …
…levam-nos a encontrar/descobrir o que há muito procurávamos
…fazem-nos reparar em detalhes que levarão a encontrar soluções ou a compreender situações
… são uma espécie de interruptores que nos “dão luz”
…e são despertadores da nossa intuição!
E quando em silêncio se riem à nossa volta deixam-nos bem dispostos…e quando estão chateados, deixam má energia no ambiente…
Sim, meu caro leitor, eu sei que estou a divagar e que tudo isto é/pode ser justificável com as nossas distracções, com os actos falhados que todos temos ou pelo duelo entre o consciente e o inconsciente de que somos palco. Porém…
…é muito mais engraçado pensar que uma boa parte dessas situações se devem à presença atrevida desses seres que se escondem nos cantos das nossas casas. E que se riem de nós, e que jogam às escondidas connosco e que fazem partidas…
Então…
…porque não mantermos este olhar um pouco mágico sobre a Vida, sobre os dias e sobre a passagem do tempo e, com humor, duvidarmos das nossas certezas, aceitarmos as nossas falhas e principalmente, que somos apenas mais uma forma de energia que circula no meio de tantas outras?
Porque não?
(Desenho e texto de Dulce Delgado)