experimentações #8

 

set 77abc

 

E um dia, naturalmente, a vontade de cor espreitou e quebrou a hegemonia do preto e branco. Peguei nos guaches e saiu esta controlada composição geométrica, sem perspectiva e essencialmente um belíssimo treino de mistura de cores e de busca de tonalidades.

Mas a cor só espreitou, ainda não ficou…

 

(Dulce Delgado, guache sobre papel, Setembro 1977)

 

 

 

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18 thoughts on “experimentações #8

  1. A Dulce com as suas jornadas está-me a levar muito longe. A recordar os meus tempos de faculdade e todos os artistas plásticos que estudei. Obviamente você tem as suas linhas e traços característicos, mas estas experimentações que nos demonstra já me levaram a universos abstractos, surrealistas. Agora lembra-me Mondrian, não de forma tão geométrica, rígida e tensa mas numa vertente mais descontraída e brincalhona.

    Volto a frisar e nunca me canso e repetir, estou a adorar os seus trabalhos e suas várias fazes.
    Um abraço 😉

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    1. Ainda bem que aprecia Irina. É engraçado essas ligações que refere mas, na realidade, em mim era tudo espontâneo, extremamente empírico e experimentalista. Fazia pelo prazer de fazer e o que me vinha à cabeça.
      Só quatro anos depois, em 1981, quando iniciei o curso de Restauro é que entrei no mundo da história de arte, da pintura e dos pintores. Se tivesse feito isto a partir de 1981, sim, provavelmente seria por qualquer influência.
      O que me ficou deste momento, não foi a composição (foi esta, mas poderia ser outra qualquer), mas sim o acto de misturar as cores e fazer tons diferentes. Retenho esse prazer.

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      1. Creio que durante a nossa vida sofremos tantas mutações artísticas que nem damos conta que elas se estão a passar connosco. Falo da arte em geral – pintura, poesia, escrita, fotografia – sentimento/estado de espírito. E é isso que acho interessante nos seus trabalhos. Não querendo comparar a qualquer movimento ou este ou aquele pintor ou artista, mas ver as “mutações” no bom sentido, que a Dulce passou.
        São muito muito interessantes.

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  2. Pois, olhei e descobri os meus livros exatamente como estão nas estantes aqui de casa. Capas e lombadas coloridas, uma certa desordem (minha, claro) e de repente as formas aparecem. Exercício maravilhoso que estimulou a minha imaginação. Grande abraço, Dulce e parabéns.

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    1. As imagens encaixam em nós consoante a nossa vivência. Daí, porque não este desenho ser naturalmente associado a uma estante colorida, dinâmica e vivida como será certamente a do Fernando? Que assim seja!
      Obrigada por ir acompanhando!

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    1. Compreendo. No fundo, uma certa predominância de tons quentes num dos lados e mais frios no outro, pode levar a essa sensação de “arco-iris”.
      E brincando com as palavras e com a vida…as experimentações, sejam boas ou menos boas, são sempre momentos especiais!
      Obrigada Cris e um bom fim-de-semana!

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