
Que mensagem quererá a mãe natureza transmitir nos sinais que vai deixando pela matéria que a constitui e de que ela própria é escultora?
Que linhas e grafismos são estes, pequenos universos indefinidos, desenhados por mão tão hábil em pedras, rochas, cristais, troncos, folhas, nervuras ou flores?
Estarão nestas linhas as respostas ao que interminavelmente procuramos e queremos entender?
Perante esta dúvida imensa, apenas entendo algumas coisas muito simples, porque as vejo, porque as sinto, porque são perfeitas, quase perfeitas…
…como a linha descrita por um ramo de árvore no ar, linha mágica que é o seu caminho, porque foi aquele que a natureza escolheu…como uma pincelada de artista… espontânea… e lentamente escrita no vazio;
…ou os efeitos da paciente erosão sobre certos materiais, como por exemplo sobre as pedras da imagem acima, onde deixou visíveis estas linhas e não outras, estas formas e não outras…transformando cada pedra numa obra de arte;
…ou o maravilhoso processo que leva ao aparecimento de cristais, alguns de forma e perfeição quase incompreensível…
…ou ainda a beleza que encontramos na forma e cor de cada flor, no recorte das folhas, no traço de cada nervura…
…
Não é importante dar um nome à força/energia que controla estas dinâmicas que nos rodeiam e sensibilizam. Ou que se manifestam em nós próprios, no processo maravilhoso que modelou o nosso corpo, emoções e pensamento.
O que é realmente importante é estarmos alerta para ver, apreciar, “absorver” e equacionar este enorme leque de mensagens disponíveis. Tal atitude apura a sensibilidade, o que de certa forma favorece a capacidade de relativizar aspectos e circunstâncias da nossa vida, muitos certamente não essenciais.
E sobretudo, ajuda-nos a valorizar apenas o que deve ser valorizado.