em nome do ambiente

No início de 2020 acelerava o processo de substituição de plásticos e especialmente a consciencialização em optar por materiais recicláveis ou biodegradáveis.

Começaram a aparecer os primeiros sacos reutilizáveis para frutas e legumes nos supermercados, assim como os talheres descartáveis em madeira, os cotonetes em bambu ou cartão e, na hora do café, o pauzinho em madeira ou a clássica colher de metal já substituíam em muitos locais o estranho estilete de plástico. Também os guardanapos em papel reciclado apareciam em muitos serviços de restauração. Era muito interessante e gratificante observar estas modificações de hábitos a se instalarem aos poucos.

Mas veio a pandemia e com a paragem de tudo também este processo sofreu certamente um hiato, senão um retrocesso. Haverá metas a atingir, mas dadas as circunstâncias em que vivemos não sei se estarão neste momento em cima da mesa como sendo importantes.

Por outro lado…

…a pandemia levou a um aumento de resíduos de todo o género, acrescido agora das máscaras e luvas descartáveis, o que significa mais lixo, muito dele perigoso.

Mais grave é a falta de sensibilidade dos que deitam esses resíduos para o chão. Em zonas costeiras já se verifica um evidente aumento da poluição, uma vez que esses equipamentos são facilmente levados pelas chuvas até ao mar.

As circunstâncias que vivemos não podem ser desculpa para agressões ambientais. Todos os dias, confinados ou não, temos os poder de escolher a atitude ou o gesto mais correcto e equilibrado.

Para isso basta um pouco mais de atenção na hora de comprar e especialmente reforçar o cuidado na hora de deitar fora, fazendo-o apenas para o local certo, aquele que é o menos prejudicial para o planeta.

24 thoughts on “em nome do ambiente

  1. Concordo com a Dulce, a quantidade de mascaras e luvas, estas ultimas agora nem tanto, que se encontram por todo o lado tem sido horrível.
    Contudo, existem coisas que teremos na mesma que melhorar, a substituição do plástico por madeira, também não me pareceu uma boa aposta, apesar de ser menos poluente requer desflorestação. Mesmo os cotonetes, agora feitos de papel, parece-me que estamos a substituir algo que não é degradável por algo que não será muito sustentável no futuro… Não sei, é apenas uma impressão. Claro que sim, a madeira será uma boa aposta, mas até quando?
    Um beijinho e um excelente fim de semana.

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    1. Já me questionei sobre isso, mas pensei: como as festas utilizando produtos descartáveis não se vão deixar de fazer… nem as pessoas vão abdicar dos cotonetes e muito menos da “colher” do café…então, enquanto outro material melhor não surgir (por exemplo, a partir de fibras naturais como o algodão), é preferível que seja a madeira ou o papel. Pelo menos os que se “perderem”, não poluem o planeta.
      Mas o que mais me irrita neste momento é ver máscaras no chão. Não consigo compreender tanta falta de cuidado.
      Mas é o mundo que temos, não é?
      Obrigada Irina.

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      1. É mesmo Dulce, neste momento é o que temos e teremos que adaptar até não vir outras soluções.
        Quanto ás mascaras, sim, é algo que realmente as pessoas deveriam estar mais sensibilizadas.
        Um beijinho.

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  2. Concordo em absoluto (tanto com o post, como com o que já foi dito nos comentários). Infelizmente, não posso dizer que esteja surpreendido. Não me recordo de alguma vez ter atirado com o que quer que fosse para o chão, mas nesta questão dos resíduos, aprendi muito e mudei hábitos ao viver na Coreia do Sul e visitar o Japão, dois países onde encontrar um caixote do lixo na rua é missão impossível e no entanto, tudo está sempre imaculado. A solução: o lixo é levado de volta para casa, onde se faz a devida reciclagem.

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    1. Eu já não esperaria que fossemos todos tão “imaculados” como esses povos, mas realmente anda temos muito a aprender como povo. Em educação e civismo.
      Obrigada Miguel por partilhar essa sua experiência, sempre interessante de saber.
      Bom feriado…e boa semana!

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  3. Pergunto-me como é possível as pessoas deixarem cair (ou jogarem mesmo, infelizmente) as máscaras para o chão e nem se preocuparem em recolhê-las para as colocar no lixo. Há uma enorme falta de consciência cívica.

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    1. É verdade Luisa, é realmente incompreensível e totalmente absurdo.
      Chamar a atenção, alertar, é o mínimo que podemos fazer. O resto tem que ser feito nas escolas pelos professores e em casa pelos pais para que as futuras gerações tenham mais civismo e consciência do que devem ou não devem fazer.
      E passar por aí umas multas certeiras e sentidas no bolso não faziam mal nenhum! Talvez assim entendessem…

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    1. Os mais “inteligentes” também conseguem ser os que têm atitudes mais incompreensíveis e absurdas. Para não dizer outras palavras mais contundentes…
      Obrigada e uma boa semana.

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    1. Esperemos Bia. Mas o que estamos a ver não é muito animador.
      A pandemia, para além de implicar um aumento incalculável a nível mundial de resíduos (máscaras, luvas, testes, material hospitalar, etc), também não está a melhorar o civismo.
      Enfim, é o mundo que temos… com as pessoas que somos.
      Obrigada.

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