Uma janela…eu…e dois detalhes da região de Lisboa que marcam o nascer deste Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas
Num acordar madrugador olho em redor…e agrada-me a simples ideia de ser apenas um ponto de gente, um dos mais de 10 milhões de portugueses que vivem neste país. Muitos outros se espalham pelo mundo, mas estou certa que a maioria deixou aqui a alma e o desejo de futuro. Como aventureiros de longa data, sempre continuamos a espalhar raízes e sonhos por aí…
Doces de alma e sociáveis, normalmente estamos disponíveis a ajudar de uma forma genuína, amigável e solidária. E pela Vida, continuamos a ser poetas do sentir e da saudade.
Somos conhecidos por ser trabalhadores competentes, não obstante o gosto que temos pelos bons momentos de lazer e convívio. Assim como de uma mesa farta e saborosa, dos nossos bons vinhos e melhores doces, ou do sol que nos aquece, do mar, da praia e dos belos lugares que temos. Enfim, bons apreciadores da Vida e do Viver, apesar das notórias desigualdades na forma de o fazer.
É obvio que temos muitos defeitos, pois não há gente ou povo sem eles. Talvez o maior seja o facto de nos acomodarmos demasiado e sermos pouco reivindicativos/ lutadores por melhores condições de vida. Por outro lado também apreciamos tornear certas regras/legislações impostas de modo a não as cumprir. É obvio que isto acontece porque há pouco controle/fiscalização ou punição…
Acrescente-se ainda que somos um tanto desorganizados mas temos uma capacidade impar de desenrascar situações, arranjar soluções e de concretizar como ninguém no último momento. Enfim, somos o que somos, ainda que bem longe da perfeição. Ponto final.
Porém, neste sentir matinal tenho imenso orgulho em ser Portuguesa e de ter nascido neste cantinho do mundo, num povo cheio de passado e que escreveu história…mesmo que tantas vezes de uma forma nada recomendável e bastante censurável. Fomos cruéis, é verdade, mas isso felizmente não ficou na nossa herança genética como povo. Talvez tenhamos sublimado esses tempos em pacifismo… e na forma cordata como hoje nos relacionamos com o mundo.
Na actualidade, fazemos parte de uma Europa em equilíbrio instável…que se insere num mundo ainda mais instável. É nesse contexto que continuamos a aprender e a absorver o que os caminhos trilhados como País ao longo de séculos e décadas não permitiram interiorizar mais cedo. Porém, gostaria muito que nesse caminhar/progredir, sejamos capazes de manter o que temos de genuíno e a nossa verdadeira essência, especialmente o nosso lado muito humano e caloroso.
Apenas o futuro o dirá.
Faz hoje precisamente 441 anos que faleceu Luís Vaz de Camões, uma personagem símbolo neste país de poetas e aventureiros. Como referi inicialmente, este também é o seu dia.
Adoro Dulce! ❤🇵🇹 Vou partilhar.
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Obrigada Filipa, ainda bem que apreciou!
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Reblogged this on De malinha pronta and commented:
🇵🇹❤
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Obrigada por partilhar!
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Obrigada a si Dulce! 💙💚
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Lindo, temos genética de alma poética 💚❤️
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Muito obrigada pela apreciação!😊
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Viajei cá para o outro lado do oceano, a vislumbrar a paisagem e a poesia. Bateu uma vontade de embarcar e rever esses cenários por outras janelas, mas, agora é teu olhar que tenho e lhe sou grata. Bacio
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Saber que as minhas palavras despertaram tal vontade de embarcar é deveras gratificante. Portugal estará sempre pronto a receber quem o aprecia!
Muito obrigada por comentar.
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You gave me a good education on what it means to be Portuguese – and once again I hope I can come to your country some day.
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Well, it seems to me that my explanation was pretty convincing! And Portugal is always ready to receive visitors!
Thank you very much and I wish you a great weekend!
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Dulce,
Descreveu muito bem o povo português, que tanto admiro. Minha mulher tem pai e mãe portugueses e desde o ano passado, minha filha, com o marido e seu filhinho estão morando na cidade do Porto.
Me sinto cada vez mais ligado a este povo maravilhoso!
Parabéns pelo texto e pela nacionalidade!
Abraços.
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Estou a ver que “raízes e ramos” portugueses não lhe faltam por aqui!
Com família tão próxima em Portugal, certamente que a vontade que aqui vir é enorme. Ainda mais uma filha e um neto!
Muito obrigada por estar presente e comentar.
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Somos quem somos não é, Dulce. Com defeitos e qualidades, num país pobre e pequeno, também feito de sol e mar. Somos capazes dos maiores feitos e de baixezas de igual calibre. Mas o orgulho em ser português e o desejo de não perder a identidade vem-nos com a respiração. Mesmo se e quando falamos mal deste povo a que pertencemos, mesmo assim, é sempre com dor e para corrigir. Ou serei eu a pensá-lo.
Bom Dia:)
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Creio que o primeiro passo para corrigirmos algo – como pessoas individuais e como comunidade – é não fugir da verdade, mesmo que ela seja difícil. Só assim se poderá dar outros passos com o objectivo de aprender, melhorar e sermos mais equilibrados.
Neste caso e como país, para aprendermos tudo o que nos possa dar confiança, um crescimento equilibrado, princípios e bom senso.
Muito obrigada Bea e desejo um bom fim-de-semana.
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Que óptima descrição deste povo…. Muito bem escrito, parabéns!! 🙂 ❤ Orgulho em ser portuguesa também!
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Obrigada filha, fico feliz por teres gostado. Bjs de mãe! 💛🧡
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Partilho na íntegra o sentir português da Dulce. O mundo hoje é a nossa “casa” mas o nosso país é o nosso lar. O ar que respiramos, os sons, as cores, os aromas e os sabores confortam-nos, aconchegam-nos, dão-nos paz e segurança.🌻
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Por um lado são esses detalhes, tão nossos conhecidos que nos fazem sentir que é o nosso lugar. Por outro é algo sem corpo mas apenas da alma que nos liga a este lugar onde nascemos e criamos raízes.
Um sentir misto, entre o concreto e o subjectivo…e talvez por isso tão completo e enraizado.
Muito obrigada Antónia e desejo um fim-de-semana a gosto!
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Conheci Camões no Ensino Médio. Quem o apresentou a mim, foi o melhor professor de literatura (talvez, o melhor de todos os meus professores) durante a vida. Desde então, decidi: posso não ser poeta, nem escritor, mas, Camões é um dos que me inspira a poesia escrever.
Parabéns Portugal! Obrigado por oferecer Camões.
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Sem duvida que Camões foi um personagem marcante, seja pela sua vida aventureira, seja pelo legado que deixou.
Creio que não será mais apreciado por aqui, porque a primeira aproximação que os jovens portugueses fazem há sua obra, há gerações, é no 9º ou 10º ano de escolaridade através dos Lusíadas, uma leitura que não é propriamente fácil. E ainda por cima por obrigação,…
Talvez se essa primeira aproximação se desse através de uns sonetos ou de algo mais simples fosse produtivo. E só mais tarde os programas escolares comtemplariam essa epopeia.
Não sei…e nem tenho a certeza do que estou a dizer. Apenas sei que quando fui obrigada a estudar os Lusíadas e a fazer testes sobre eles, não me foi nada fácil. Lembro-me inclusivamente de não gostar nada dos Lusíadas…e contudo hoje gosto de poesia!
Assuntos que merecem ponderação…
Muito obrigada e desejo um bom fim-de-semana.
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Suas ponderações são muito pertinentes. Por aqui não é diferente. Nossos clássicos como Machado de Assis, são difíceis e nem sempre abordados adequadamente. Tive a felicidade de estudar Machado, Camões e outros a partir dos 19 anos e no contexto do seminário com um excepecional professor. Isto fez toda a diferença. 🌹
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Com essa idade e outra compreensão fará certamente toda a diferença!
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👍🌹
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Loved just viewing the post. Wished I had continued learning Portuguese. But there’s always now. I just did something on my experience from a Portuguese Colonised Goa along with a FREE recipe of Sorpotel an awesome Portuguese Delicacy, feel free to visit my post to check it out. Blessings.
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Your appreciation for Portugal is interesting and also for our cuisine, where sarapatel (or soportel) comes from.
I’ll go through your blog soon.
Thank you very much.
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Thanks for responding back. I’d certainly love to hear from you anytime soon. Yes I have a personal fondness for Portugal after being born and raised in Goa and would love to visit and gratify my desire.
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