
Qualquer concretização é sempre gratificante, mas se for algo saído da nossa criatividade, o sentimento que fica pode ser de equilíbrio, de satisfação e de ficarmos “saciados”. E se o tempo e a energia despendidos nessa construção foram marcantes, é possível que se necessite de um período de descanso…ou de nada… tal como acontece com os atletas depois de uma corrida ou jogo.
Foi precisamente isso que eu senti depois de três anos seguidos a fazer livros de férias (partilhados nos últimos três posts desta série). Senti que não precisava nem queria mais…a não ser descansar!
A realidade mostrou-me que ao partir para umas férias com essa “construção” em mente, a atenção era redobrada e o “material” necessitava ser recolhido, mesmo que não tivesse antecipadamente nada na ideia. Certo é que, se tal atenção e gestos não existissem, seria muito mais difícil a sua construção. Ou seja, comecei a sentir que precisava mesmo de relaxar nas férias e de não estar com qualquer preocupação. Queria apenas férias.
Então nos anos seguintes não fiz álbuns como os já aqui partilhados, mas iniciei outro tipo de empreendimento que ainda hoje, dezoito anos depois, tem continuidade: comecei a fazer álbuns descritivos, com fotografias tiradas quer por mim quer pelo meu companheiro e desenhos apenas muito pontuais. Muitíssimo menos exigentes que os anteriores, abarcavam períodos de férias (volumes únicos) e especialmente aqueles pequenos passeios de todo o ano realizados a dois, em família ou inseridos em grupos, mas também exposições e outros eventos que a memória gostaria de um dia recordar.
A esses álbuns chamamos carinhosamente os nossos “Por aí”, uns magníficos auxiliares de memória já com milhares de fotografias e muitas informações adicionais que neste momento ultrapassam os cinquenta volumes (foto acima). O facto de estarem catalogados por data e lugar permitem encontrar sem dificuldade o que se deseja. Também o percorrer aleatoriamente as suas páginas é sempre um delicioso refrescar de recordações e de emoções.
Com as “experimentações” propriamente ditas em stand by, entre 2004 e 2008 tudo o que fiz foi dar continuidade a estes álbuns e fazer os habituais postais/desenhos para oferecer em aniversários e/ou datas festivas a família e a amigos. Nessa altura realmente não precisava de mais nada.
Deixo agora, como amostra, algumas páginas dispersas desses álbuns “Por aí”.
















Creio que eles terão continuidade nos meus/nossos dias, enquanto a Vida e a saúde o permitirem.
Boa semana!🍀
Excelente ideia Dulce! Adoro os seus álbuns “Por aí”. ❤💛💚💙💜🤎🤍 Que alegria deve ser folheá-los, uma e outra vez.
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A sua realização é realmente um prazer, não apenas porque todos estes lugares/eventos ficam mais próximos de nós e dos nossos dias, mas também porque gosto de incluir informações adicionais que são sempre uma mais valia.
Obrigada Filipa pela apreciação e comentário.🌼
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O seu trabalho é inspirador Dulce! Tenho muitos álbuns de viagens com bilhetes de metro e museus, anedotas, fotografias… Mas os seus são únicos e lindíssimos.
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Páginas com vida dentro, maravilhoso!! Compreendo a sua decisão, como sou sempre a que fotografa nas férias ou simples passeios, já tenho tentado resistir a isso, dar-me o gosto de apenas apreciar, desfrutar, mas verifico que mais tarde lamento não o ter feito, não ter registado lugares, imagens que na altura me tocaram e agora já surgem esbatidas, desfocadas. Mas claro que toda essa sua recolha de registos vai muito além do fotografar, e percebo que também lhe saberá muito bem essa liberdade de apenas viver o momento. Que obra preciosa aí tem!
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Sim, o fotografar apenas exige atenção pontual, registos pontuais. Obter dados para um livro de férias é muito mais exigente em todos os aspectos porque há sempre um objectivo na nossa mente. E depois organizar/construir tudo dá bastante trabalho.
Ainda sobre estes álbuns “Por aí”, comecei a valorizá-los ainda mais quando não consegui abrir CD´’s /DVD´’s com fotografias de passeios neles gravadas. Logo decidi guardar toda a restante informação digital em dois suportes, mas sei que, se houver um problema, o mais importante está sempre à mão. Em papel, como eu gosto.
Muito obrigada.
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Eu guardo todas as fotos digitais em CD/DVD e num disco externo, mas também já me aconteceu não conseguir abrir. De facto não há nada tão seguro como o formato físico. Que maravilhosa ideia. 😊
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Que inspiração. Lindo de se ver. Obrigada por compartilhar. Um abraço da SiL
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Obrigada eu, pela apreciação!👍🌼
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Uau, trabalho tão bem organizado…perpetua as memórias e emoções vividas nesses lugares…então nesta era de fotos com telemóvel que vão todas para as pastas do computador, longe da vista…que bom deve ser desfolhar esses cadernos feito com cuidado(…palpita me que daqui a uns anos o neto vai gostar muito)… beijinhos
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Com a evolução dos tempos não tenho qualquer expectativa relativamente ao futuro destes “por aí”, pois são bastante pessoais… e um dia provavelmente considerados de “cotas”!😉
Apenas sei que farão parte de um legado. Depois, façam deles o que quiserem!
Por aqui não há fotografias tiradas com telemóvel… somos da velha guarda e ambos utilizamos máquinas fotográficas. E concordo contigo, é realmente um prazer passear por eles e senti-los na mão!
Bj e muito obrigada!🍀
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Que legal, Dulce. Obrigado por partilhar conosco esses registros. Acima de tudo, parabéns!!!
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Esta é uma boa forma de guardar e reviver bons momentos….especialmente quando a memória já não é o que era.
Muito obrigada e desejo um dia a gosto.
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50 albúns ‘Por aí’!? Nunca pensei que fossem tantos! 🙂 Muitas viagens boas vocês fizeram! Espetacular!! entendo que a certa altura só queiras mesmo descansar… já mereces! 😉 ❤
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Mais de meia centena, podes crer!
Muitas fotos, muita escrita, muito tempo e obviamente, muitas e boas recordações para a Vida!
Bjs de mãe!🧡🙏
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Uma ideia muito bonita e original de guardar momentos….Por aí!
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E muito útil, especialmente `à medida que os anos passam e a memórias falham!
Obrigada Fernanda e desejo um dia feliz.
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Belíssimas fotos e interessantíssima ideia de guardar assim as memórias de viagem. Deve ser bom revivê-las outra vez. Uma memória ilustrada ainda é a melhor e mais duradoura. Um abraço.
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É muito bom reviver com o olhar e de certa forma também com o “tacto” todos os momentos neles guardados. Gosto de os construir e muito de os rever.
Obrigada e desejo uma noite o mais tranquila possível.
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Que tesouros tens aí! Entendo que foram trabalhosos de produzir. São cheios de beleza e vida e história. São obras caras, Dulce. Obrigado.
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Sim, exigem tempo, pesquisa, alguma criatividade… mas especialmente gosto. Mas depois sabe muito bem saboreá-los!
Muito obrigada.
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fazem falta os álbuns físicos… é bom folhear, escrever, colar lembranças… o digital permite outro tipo de malabarismos, mas continuo a ser “old school”
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Ainda bem!👍
Obrigada Nelson e boa semana!
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Lindo!
A encadernação tb é feita pela família?
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Não Silvana, neste tipo de album não, estas lombadas são colocadas numa loja. Caso seja um album de férias, será depois das folhas já estarem todas preenchidas; se for um album para variados passeios/outros, encaderno primeiro cerca de cinquenta folhas em branco com uma lombada grossa e depois vou preenchendo aos poucos.
De todos os álbuns que já partilhei aqui no Discretamente, apenas o que é referido no post Experimentações #29 foi totalmente encadernado por mim.
Muito obrigada e boa semana.
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This is a real treasure. I am in awe of your discipline. 🙂
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Well, I’m usually an organized person. The hardest part is finding time for everything…
Thank you!
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I guess that’s preferable to not knowing what to do with yourself, but that’s a problem you and I don’t have. 😏
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