

Um passeio pela natureza é um momento de indescritível alegria. Esqueço problemas, complicações, intranquilidades e até as notícias do mundo. E sinto-me liberta. Apenas estou ali para sentir, observar, fotografar, partilhar…e agradecer a beleza dos lugares que me dão passagem!
Por uma razão ou por outra, sempre me vêm à memória imagens de uma infância que, a par das belas praias algarvias, contemplou igualmente muitos espaços onde a natureza e as plantas silvestres eram presença, áreas que percorríamos na brincadeira ou em passeio.
É nesse contexto que recordo as sementes de uma planta que, após serem separadas de um espigão tinham a capacidade de rodar como se fossem ponteiros de relógio. Geralmente colocávamo-las sobre a roupa para ficarem mais libertas e melhor apreciarmos o movimento. Era uma diversão.
Foi há muito pouco tempo que descobri que se trata de Erodium moschatum vulgarmente conhecida como Erva-relógio ou Agulheira-moscada.
Todos os anos a encontro, mas este ano resolvi olhá-la com um olhar mais fotográfico e partilhar no Discretamente esse detalhe da infância.






Nessa época o tempo não existia e estava bem longe do meu pensar. Ele era o presente, os instantes e a brincadeira. E aqueles ponteiros que rodavam sozinhos durante uns minutos eram magia de um tempo em que o encantamento por isto ou por aquilo acontecia naturalmente.
O tempo passou…a ingenuidade quase voou….mas o gesto recente de separar estas sementes e observar os “ponteiros” foi mais uma vez vivido com alegria, o que me deu vontade de rir porque, objectivamente senti o mesmo e continuo sem saber porque rodam aquelas pontas nem qual será o fenómeno físico que desencadeia o movimento.
E percebi que, definitivamente, não quero saber!
Prefiro continuar a olhar para aquela planta-relógio que guarda “ponteiros mágicos” com uma ignorância que ainda me consegue encantar.
Bom domingo!🤗
Diversão atemporal da infância… Encantamento no movimento da erva-relógio de seu tempo… Leitura leve para um domingo de outono aqui noutra parte deste planeta encantador…
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Apenas uma recordação de infância agora perscrutada com um olhar…….um pouquinho mais adulto!
Muito obrigada e desejo uma boa semana!
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É bom recordar momentos que nos deixaram felizes.
(Não conheço esta erva-relógio!)
Continuação de um bom domingo!
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No geral, voltar aos detalhes da infância é sempre um bom passeio.
Quanto à planta-relógio, ela é comum em todo o país, como a Fernanda poderá ver através deste endereço
https://flora-on.pt/#/1erodium+moschatum
Muito obrigada e boa semana!
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Na verdade, conheço!
Não estava a ver bem…. Mas reconheço essa flor🌷
Obrigada Dulce !
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A natureza, sempre mágica e misteriosa!! Esses momentos de infância que também partilho, foram preciosos no nosso crescimento. Mas só agora, observando como tudo mudou tanto, percebo a importância de ter tido um contacto tão estreito com a natureza e o campo. Boa semana Dulce, que a natureza continue a oferecer-nos sementinhas mágicas!
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Pois é Antónia, realmente precisamos de nos agarrar a muitas “magias” para tentar equilibrar e esquecer as inquietudes causadas por este mundo!
Muito obrigada e boa semana!
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Muito legal essa capacidade, por você demonstrada, de se desconectar do turbilhão do cotidiano, de colocar-se como observadora dos ambientes, dos detalhes, de fazer divagações… Não tenho dúvida de que precisamos desses tempos e desses exercícios. Parabéns!
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Diria que por aqui é uma questão vital e a única forma que tenho de me “encaixar” no mundo. Nestes meandros sempre encontro beleza, já o mesmo não direi da realidade que nos entra pelos olhos e ouvidos…
Enfim, um assunto complexo e de muitas leituras.
Muito obrigada pela presença e palavras. Boa semana!
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Desconhecia essa planta e essa sua característica! Que engraçada! 🙂 Era giro apresentá-la ao Vasquinho, quem sabe também iria ficar encantado com tal fenómeno 😉
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Na próxima Primavera esta avó apresenta!🥰
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Nosso intertexto é tão acidental quanto inevitável. Que mágico você ter crescido testemunhando esse milagre da natureza chamado erodium!
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A partir de agora irei apreciar esta espécie com dois olhares: um mais cientifico… e sempre com aquele emocional e mágico que está nos meus alicerces!
Muito obrigada.
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