
Que contrastes
nos oferece o olhar!
Perto da terra e da tradição
um moinho,
lugar de simplicidade
e talvez de desalento
pela impossibilidade
de enfunar com o vento.
A seu lado,
eólicas gigantes
e nada bucólicas
invadem a paisagem
o ar
e o nosso olhar,
reflexo da tecnologia
que não pára de avançar.
Para o moinho…
…serão as eólicas o “adamastor”?
Para as eólicas…
…será o moinho inspirador?
Haverá rancor
no cimo daquele monte…
…ou viverão a passagem do tempo
e a evolução
com respeito e humor?
Interessante contraste. Acho o moinho mais bonito…
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Eu também! Adoro moinhos de vento….mesmo sem velas!
Obrigada.
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Que poema de pura sensibilidade!
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Obrigada, ainda bem que aprecia!
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Eis a questão, bem levantada! rsrs
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Elementos contrastantes sempre levam a divagar!
Obrigada e bom fim-de semana!
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Não creio no rancor da natureza. Rancor é sentimento menor e tão expressamente humano. Um dia destes li que o ódio é um copo de veneno que o próprio ingere na crença de fazer mal ao inimigo (a verdade é que também prejudica outrem). Moinhos são memória de trabalho, não os vemos sem lembrar a miséria do enfarinhado moleiro, o movimento da mó e os sacos de farinha. Na minha terra resta um junto às escolas e é das poucas coisas bonitas e recuperadas da urbe. Também acho as eólicas agradáveis à vista: vigias gigantes plantadas no cimo dos montes, guardando a paisagem. Mas também é verdade que, olhando-as de perto, se perde a poética.
A foto é muito bonita. O que mais atrai o olhar e a ameniza é a extensão de azul onde se inscrevem passado e presente.
Bom domingo, Dulce.
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Nesta ficção poética, longe de mim colocar rancor na natureza! O eventual rancor que refiro seria apenas entre o “moinho/tradição” e as “eólicas/evolução”.
Mas sabe Bea, o que prefiro mesmo é imaginar que ambos apreciam a mútua companhia e que têm longos e silenciosos diálogos existênciais ao sabor do vento que ali passa….😉
A minha opinião sobre eólicas é outra: sei que actualmente a sua função é muito importante, mas visualmente não consigo gostar, pois alteram completamente a nossa paisagem. Começa a ficar tudo igual!
Obrigada e desejo uma boa semana!
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Tanta sensibilidade Dulce! Que maravilha!
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Obrigada Filipa, fico feliz com essas palavras.
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Your clever, insightful way of seeing the old and new is brilliant, Dulce! I think the translator worked well enough. 🙂
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I’m glad Google translator understood my idea! Thank you very much for the appreciation.
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