No auge da Primavera, um post sem grandes palavras mas com cor e vários protagonistas. São eles alguns dos insectos recentemente encontrados num passeio pelo Parque Urbano da Serra de Carnaxide (área verde localizada perto de minha casa), e ainda pelas flores silvestres que os acolhem, muito abundantes nesta altura do ano.
São detalhes que me encantam seja pela cor e beleza destes seres de reinos diferentes, seja pelo que representa esta relação de interdependência na preservação e no futuro do nosso planeta. É sabido que a extinção de insectos é uma realidade preocupante, sendo indesejáveis as repercussões que essa situação pode vir a ter na produção de alimentos para a humanidade. Especialmente para as gerações que nos seguirão.
Por tudo isso, ver tantos diferentes e bem activos, foi um prazer. Para além de todos aqueles cujo retrato não ficou apresentável!
Com natureza, cor e vida… desejo a todos uma boa semana!🤗
Não obstante serem invasoras, estas aves são uma companhia barulhenta e movimentada nos jardins de Lisboa. Andam normalmente em grupo, pelo que achei muito curiosa esta solitária presença em cima de uma antena.
Nesta dinâmica dos dias e da vida, talvez…
… passasse por um dia menos bom
…tivesse um assunto para pensar/resolver
… necessitasse de um pouco de silêncio e de se afastar dos irrequietos companheiros do bando
…estivesse a dormir
…ou apenas a apreciar a vista!
Fosse o que fosse, certo é que ali ficou por algum tempo, absorta e silenciosa.
Abri a janela e tirei a foto acima. Apercebendo-se da minha presença a alguns metros virou-se para um lado…depois para o outro…
…e por fim para trás, com um ar bastante curioso. Gosto de pensar que foi para me dar os bons dias!!🤗
E eis que ela chega, sempre a tempo e horas no calendário cósmico mas nem sempre de forma equilibrada. Por vezes chega até bastante fora do tempo. Este ano, por exemplo, uma sua sósia passeou por Portugal em pleno Inverno. Foi um período tão primaveril que algumas árvores foram enganadas e mostraram os seus rebentos. Umas semanas depois, essas inocentes e frágeis ramificações ficaram queimadas com a vaga de frio que se seguiu. Até doeu ver isso.
A verdadeira Primavera chegará ao princípio da noite a este hemisfério onde resido (21h 24m). Virá amena e com algumas nuvens, depois de um dia de excelente temperatura que nos deixa uma imensa vontade de Primavera.
Chega certamente vibrante em energia e Vida, algo que espalhará de uma forma mais intensa nos próximos meses seja através do vital desejo de procriação…da cor que dará a árvores, campos e prados… ou, ainda na energia motivadora com que afagará a nossa alma e sentidos.
Aproveitemos essa dádiva gratuita e sem contra-indicações, agora que ela começará a vibrar no timing certo. Que venha equilibrada e com vontade de harmonizar alguns desconfortos do mundo!
Boa Primavera!🤗
(e um bom Outono para quem vive na metade sul deste planeta!)
Depois da “traumática” experiência com o bloco do ano anterior, em 2014 adquiri um da marca Winsor&Newton, adequado a aguarela e que me desse alguma garantia de solidez. Cumpriu essas exigências, mas lamento que nove anos depois o papel esteja extremamente amarelecido nos bordos, como é bem visível nas imagens que hoje partilho.
Comparativamente com o do ano anterior, este registo tem muito menos texto e abrange um período de férias que contemplou a Extremadura espanhola e o Algarve. A par dos desenhos e de uma ou outra fotografia, integra também detalhes naturais, como folhas e casca de árvores, conchas, algas e ainda parte de uma pele de cobra encontrada num trilho pedestre em Espanha.
Em certos desenhos optei por colorir apenas detalhes pontuais, normalmente aqueles que apresentavam mais cor ou que tinham mais importância no contexto geral. E gostei bastante do efeito conseguido.
Seguem-se então algumas folhas das mais de quarenta que formam este livro de registos em tempo de férias.
No último mês de Dezembro alertei para a votação que estava em curso para a eleição da árvore que em 2023 representaria Portugal a nível europeu. Sei que alguns dos meus seguidores colaboraram, mas não sei se saberão que foi o eucalipto de Contige o vencedor.
Presentemente e até ao final deste mês de Fevereiro está a decorrer uma votação mais abrangente, esta a nível europeu, para a eleição da Árvore Europeia de 2023.
Se quiserem participar ou pelo menos conhecer árvores cheias de personalidade de diversos países, basta ir a este link e escolher as duas cuja história e aspecto mais vos agradar.
Qualquer árvore merece a nossa atenção e admiração. No mínimo, são vida para o olhar e tranquilidade para a alma. As dezasseis que estão a concursos têm ainda curiosas histórias associadas, razão porque vale a pena ir ao link e conhecê-las.
Entre árvores e beleza.…desejo a todos um bom fim-de-semana! 🤗
Imagem retirada de https://www.treeoftheyear.org/pt/vote
Pelo discretamente já passaram vários frutos e legumes vistos através daquele olhar curioso que me habita e que me permite encarar os alimentos comuns com um valor acrescentado e não apenas como algo efémero que se consome quase inconscientemente.
Sendo uma apreciadora incondicional de citrinos, hoje chegou a vez da tangerina, um fruto que me atrai pelo sabor e facilidade de consumo, mas também pela versatilidade que a sua forma oferece se decidirmos encara-la numa perspectiva mais lúdica.
Dir-me-ão alguns: para quê estar a perder tempo a brincar com os gomos de uma tangerina? E eu respondo: e porque não fazê-lo?
Certo é que, sempre que degusto esse fruto também me “alimento” da musicalidade da sua forma, um dom silencioso que apenas a curiosidade e esse “tempo perdido” me permitiu encontrar.
Passo a passo, partilho então um pouco do potencial artístico de uma tangerina!
Depois….já fartas de tanta volta….transformaram-se em borboletas e voaram!
Apesar de passar há muitos anos pela escadaria que une o Jardim 9 de Abril à Avenida 24 de Julho em Lisboa, nunca me tinha deparado com a imagem acima.
Estando a uma certa distância, o primeiro pensamento foi: “Que estranho, um monte de troncos com pequenas flores? Não pode ser! Nunca vi isto aqui!” Além disso estávamos em Dezembro…
Aproximei-me e de imediato percebi que se tratava de restos de tinta da parede que ficaram agarrados às gavinhas da vinha-virgem seca e recentemente arrancada. Entretanto olho para a parede em frente e encontro estes detalhes maravilhosos, que a máquina fotográfica que sempre me acompanha logo registou.
Achei estas imagens tão bonitas que, apesar de significarem o final de um ciclo, resolvi que iria estar atenta e registar o renascimento da trepadeira que sempre cobre uma boa parte da parede que suporta aquela escadaria.
Passou algum tempo até os novos rebentos aparecerem. Depois foi galopante o seu desenvolvimento, até a parede ficar parcialmente coberta.
A vinha-virgem é uma planta extremamente curiosa, característica que sempre a orienta para novos lugares e novas aventuras. Essa vontade de progredir levou-a a abraçar a grade que protege a escadaria e através desta atingir o patamar superior, cobrindo parcialmente os degraus dessa área mais elevada.
Esse enérgico avançar implicou uma verdadeira “dança-exploração” através das ferragens do corrimão sendo assim, replecta de vitalidade, que viveu todo o Verão.
Há poucos meses, com a chegada do Outono começou tranquilamente a alterar o seu aspecto e a adaptar-se às cores dessa nova estação.
Em pouco tempo todas as folhas secaram e caíram, apresentando-se assim neste início de ano….
…precisamente antes de ser arrancada e do momento que antecedeu a imagem inicial deste post, aquela que captou a minha atenção.
Em breve todos os troncos serão retirados da parede e a planta podada, para que na próxima Primavera volte a rebentar cheia de força e pronta a iniciar um novo ciclo.
Entre a primeira e a ultima imagem que hoje partilho passou-se basicamente um ano. Com ele fluiram as quatro estações e passaram doze meses no mundo e também na vida desta vossa interlocutora. Nada estará igual porque um ano é tempo bastante neste Viver.
Ainda guardo aquela espécie de encantamento que deu origem a este post, agora mais completo ao sentir que cumpri a “missão” de ser presença no ciclo de vida desta curiosa planta.
Presença que fui e serei…pois sempre que passar por este recanto de Lisboa, ela terá o meu olhar!