toc toc (l)

Ao imitar o som do acto de bater numa superfície dura, a palavra que dá titulo ao post de hoje é uma onamatopeia, figura de linguagem que nos leva a um instante sonoro muito específico.

Se o toc toc que antecede o penetrar num espaço mais reservado dentro de uma habitação faz parte das regras de boa educação e é feito com a mão, já o clássico toc toc proveniente de aldrabas (ou aldravas) indicava a presença de alguém no exterior, uma forma comunicacional que foi quase silenciada pelo advento das campainhas eléctricas.

No entanto, pela importância que tiveram na relação público/privado, são imensas as que ainda permanecem em muitas portas.

O meu gosto por detalhes levou a que muitas me “tocassem” e consequentemente a reunir ao longo de meses um bom conjunto de fotografias de aldrabas existentes nas zonas de Alcântara, Santos, Madragoa e Lapa, áreas de Lisboa por onde normalmente passeio na minha hora de almoço.

Uma vez que tenho muitas fotografias, irei repartir em dois posts as imagens que considero mais interessantes. E para que não seja uma partilha aleatória, associei-as por estilos e formas.

Começo pelas clássicas “mãozinhas” que seguram uma espécie de esfera, uma forma bastante comum que aparece geralmente em habitações mais simples. De qualidade diferenciada e mais ou menos perfeitas, podem estar associadas a um encaixe simples ou complexo, apresentar “punhos” rendados, folhos, etc.

Visualmente são as mais perfeitas substitutas daquele toc-toc original saído da mão humana, numa ligação que por vezes é extremamente real e humana, como bem se sente, por exemplo, na primeira imagem do conjunto que se segue. Objectivamente, aquela primeira porta verde tem duas mãos!

As aldrabas que têm por base uma argola são, como todas as restantes formas existentes em metal/ ligas metálicas e podem ser extremamente simples ou mostrarem pequenos relevos decorativos. De uma forma geral revelam um gosto sóbrio e um tanto minimalista.

Pensando retrospectivamente sobre todas as aldrabas encontradas, creio que esta forma é a mais comum e a que existe em maior número. Por não terem muito que as diferencie e serem bastante repetitivas, decidi não fotografar todas as que vi.

Termino este primeiro post com uma curiosidade que revela bem a heterogeneidade de “personalidades” que existe…seja de aldrabas seja de pessoas!

Em três momentos da captação destas imagens as portas en causa abriram-se. E curiosamente as reacções foram todas diferentes: emcontrei um sorriso condescendente…encontrei desconfiança e uma pergunta pouco simpática sobre o que estava ali a fazer…e encontrei indiferença pura.

Realmente…”cada porta sua sentença”!😉

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abril de liberdade

O dia 25 de Abril de 1974 sempre passou pelo Discretamente e este ano não poderia fugir à regra pela importância desse evento na sociedade portuguesa.

Enquanto ponderava sobre o assunto e sobre as suas palavras chave – ABRIL e LIBERDADE – percebi que todas as letras da primeira fazem parte da segunda.

Que curioso, pensei….posso ir por aqui…

Entretanto ainda constatei que esta coincidência de letras não se poderia repetir em nenhum outro mês do ano. Se, sonoramente, Abril é o mês-palavra mais “livre e voador” do ano (ideia que já partilhei convosco num post recente), graficamente não tinha percebido que Abril existe em Liberdade… que as palavras “encaixam” uma na outra… e, por isso, intrinsecamente ligadas.

Não sei qual o motivo exacto que levou os militares portugueses a escolher precisamente o mês de Abril para fazer esta revolução. Provavelmente um misto de questões tácticas, meteorológicas, contexto político, urgência nacional, etc.,

Mas, “poeticamente” falando, terão pensado que “Abril” vive em “Liberdade”? Se sim, será ainda mais maravilhoso o que fizeram. Se não o pensaram, outros provavelmente já o fizeram. Ou não.

Tudo isto são apenas divagações sobre algo bem maior que aconteceu nessa data.

Pessoalmente, nunca esquecerei que foi esse longínquo dia de 1974 – tinha eu apenas 16 anos e muita ignorância dentro de mim – que permitiu…

… libertar os que lutaram e sofreram em prol da liberdade

… valorizar os que morreram pela mesma causa

… a possibilidade de todos votarem em eleições livres

… liberdade de expressão e de circulação

… igualdade de direitos

… acesso a um infinito número de novas oportunidades

… etc,.

Apesar de todos os desequilibrios que existem e do bom senso que ainda não conquistamos, foi um dia fundamental para a sociedade que hoje somos. E isso é que é realmente importante.

detalhes citadinos


Há algum tempo publiquei um post sobre as pequenas caravelas que pontuam as paredes de algumas habitações localizadas relativamente perto da zona ribeirinha de Lisboa.

Essa busca levou-me a reparar noutros elementos/sinalética que, por este ou por aquele motivo me chamaram a atenção.

Alguns, são apenas detalhes do tempo que “desaguaram” neste séc. XXI. Não guardarão em si o significado ainda meio desconhecido das pequenas embarcações, mas cada um deles reflecte uma dinâmica citadina que usualmente nos passa ao lado. Objectivamente, eles revelam algo facilmente perceptível (ou não), mas são sempre formas de comunicação entre a cidade-espaço e a cidade-pessoas, sejam eles os habitantes locais ou os passeantes como eu.

A fé, no geral associada a uma certa religiosidade e intrínseca à maioria das pessoas, ultrapassou paredes e assentou raízes em fachadas de edifícios através de pequenos azulejos ou grupos de azulejos pintados com santos, virgens, etc

Reflectirão estes elementos a fé de quem as habita…a fé dos proprietários das habitações (que muitas vezes não as habitam)…ou uma fé que entretanto as desabitou e se perdeu no tempo?

A maioria, julgo eu, foi provavelmente ali colocada com a finalidade de proteger a habitação de energias menos simpáticas e/ou negativas.

Os momentos de glória sempre deixam marcas. Encontrei-a em duas ruas que no início deste século ganharam o concurso da “Rua mais florida” de Lisboa. Hoje, muito pouco as aproxima desse título…

Detalhes informativos são muito comuns e clarificam de imediato o tipo de proprietário, a função dos edifícios ou aspectos relacionados com a segurança das habitações.

Há detalhes na cidade (e em todo o lado!) que visualmente me incomodam. É o caso dos fios, eléctricos/comunicações que aqui, ali e além “decoram” ruas, paredes, recantos, varandas, etc, etc. De certa forma eles reflectem a profusão desses meios nas últimas décadas e o modo pouco controlado como “invadiram” o nosso espaço e vidas. Incomodam ainda mais quando não respeitam aspectos arquitectonicos que muitas vezes caracterizam os edifícios.

Sendo no geral demasiado inestéticos, partilho apenas dois exemplos dos imensos que poderia ter fotografado.

Aqui e ali, a arte urbana também está presente, seja em pequeno ou em grande formato. Limitei-me ao primeiro, pois a ideia deste post é a de partilhar essencialmente detalhes.

Entretanto deliciei-me com as imagens que se seguem, sendo com esse conjunto que termino. Já conhecia duas destas esculturas porém, este deambular permitiu-me encontrar mais algumas dessas figuras em ferro que decoram o topo de algumas habitações localizadas na área de Alcântara.

Acho-as simplesmente deliciosas!

Este post é a prova provada que, se passarmos atentos pelos lugares eles têm imenso para nos dar em troca. Na verdade eles contam histórias, momentos, modos de viver, revelam opções e sempre nos comunicam algo, seja ou não do nosso agrado.

E principalmente, alimentam a nossa curiosidade!🤗

dar vida

A maioria das pessoas que me acompanha na blogosfera terá mais de 45 anos, a idade limite, pelo menos em Portugal, para se ser dador de medula óssea. Os que ainda não chegaram a esse marco poderão sê-lo, bastando um simples teste ao sangue para saber se estão em condições de integrar a lista universal de dadores.

Através de uma amiga chegou-me às mãos um vídeo publicado recentemente por um jovem de 23 anos, o Simão Correia, que precisa de um dador compatível para tentar ultrapassar a sua grave doença. Decidiu não desistir e tem utilizado toda a sua energia e as redes sociais, nomeadamente a sua página no instagram, para partilhar o que está a passar e sensibilizar as pessoas a serem dadores de medula.  Nesse vídeo, para além da sua enorme força ele revela também os seus excelentes dotes musicais.

Curiosamente, a amiga que me enviou isto, passou ela própria por um processo semelhante. Numa das mensagens que trocamos, ela escreveu;

  ….e eu só quando me aconteceu fiquei mais informada…e beneficiei dum gesto de um qualquer cidadão americano que, mais informado que eu, se inscreveu como dador na sua terra…eternamente grata…

A maioria de nós não tem a obrigação nem a capacidade de fazer algo suficientemente importante que pontue a história do mundo. Nem ambiciona isso certamente. Mas poderemos eventualmente ser marcantes na vida de alguém e, dessa forma, humildemente contribuir para o mais importante: permitir dar continuidade a uma vida!

A minha amiga foi um caso de sucesso. Foi difícil, mas hoje está bem. Para o Simão Correia, como não poderia deixar de ser, desejo sucesso igual. A ele e a todos os que estarão em situação semelhante em muitos lugares do mundo, esperando e desesperando por um dador compatível.

Passei pelos 45 anos, ou seja pela possibilidade de ser dadora há quase vinte. Hoje lamento não ter estado suficientemente informada e sensibilizada sobre esta realidade. Foi uma oportunidade perdida.

Por isso, caso tenham entre 18 e 45 anos, dêem o vosso contributo. Se não estiverem nessa faixa etária estimulem os mais novos a fazê-lo. Porque alertar também é importante.

Obrigada Augusta, pelo teu importante contributo neste post! Um abraço!🤗🌼

E a todos os que o lerem, desejo um bom e saudável fim-de-semana!

Imagem retirada do site https://www.nit.pt/tag/simao-correia
Creio que apenas quem tem Instagram poderá ter acesso ao link acima com o video do Simão e com a sua bela forma de pedir que o ajudem. Se não conseguirem, creio que uma pesquisa na net ou nas redes sociais poderá permitir à sua visualização.

kit com vida

Cada nascer de dia é um momento único e cada instante das vinte e quatro horas que se lhe seguem uma surpresa em todo o seu potencial. A tendência geral é a de cada instante ficar pela neutralidade/indiferença, mas são livres de oscilar e de se manifestar entre extremos, sendo um desses pontos a tragédia.

Ou seja, as tragédias ocorrem quando menos se esperam. Mais ou menos naturais, podem alterar toda a nossa vida ou ser capazes de transformar a vida de milhares de pessoas, como é o caso dos recentes tremores de terra ocorridos na Turquia e na Síria. Desta vez foi ali, mas um dia pode ser connosco.

Todos sabemos que Portugal tem um historial de grandes terramotos e que vivemos numa região com predisposição para esses eventos. É por isso conveniente que estejamos minimamente preparados e que uma certa racionalidade se sobreponha ao medo e ao pavor que estas situações-surpresa sempre nos suscitam só em pensamento.

Para que estejamos mais conscientes dessa vulnerabilidade que nos envolve, basta seguir com atenção a actividade sísmica disponibilizada no site do IPMA, para percebermos a quantidade de pequenos sismos que diariamente acontecem, apesar de, no geral, não serem por nós sentidos. Há quem diga que esses pequenos abalos são benéficos pois permitem uma dispersão de energia. Seja assim ou não, estamos sempre sujeitos a que aconteça um evento de maior dimensão.

Gostaria por isso de partilhar um artigo publicado recentemente no site da DECO PROTESTE – a mais importante organização portuguesa associada à defesa do consumidor – onde de uma forma muito objectiva se enumera o que deve constar de um kit de sobrevivência/emergência e o que será essencial em caso de uma catástrofe natural.

Essa listagem/ dados práticos estão aqui e valem uma leitura atenta.

Pessoalmente ainda não tenho uma mochila pronta para uma emergência, mas muito em breve tratarei disso. Espero nunca precisar de a utilizar… mas, mais vale prevenir do que remediar. Além disso as terríveis imagens que nos têm chegado nos últimos dias, creio que justificam toda a prevenção e objectividade.


Nesta espécie de “roleta russa” que é a nossa existência…. aproveitemos mais conscientemente os instantes, os momentos, as circunstâncias ou a companhia dos que nos são queridos, assim como as belezas ou os detalhes que o olhar sente e o coração consente.

Aproveitemos esta Vida que nos anima e que generosamente se renova em cada instante… e em cada nascer de dia!

Que seja um bom e bem aproveitado fim-de-semana para todos!🤗

 
Imagem inicial captada hoje ao nascer do dia e a imagem do kit retirada de
https://www.deco.proteste.pt/casa-energia/condominio/noticias/como-preparar-kit-sobrevivencia-fazer-caso-sismo

equilíbrio

Há muito que este edifício localizado nas traseiras do meu local de trabalho espera recuperação e um novo rumo. Ainda não teve a sorte de uma boa parte dos prédios mais antigos de Lisboa que na última década foram intervencionados melhorando de sobremaneira o visual da cidade. É certo que o destino da maioria foi o de hotel ou alojamento local, mas isso é uma outra e longa história…

Neste edifício a degradação é evidente, seja pelo abandono seja por algum vandalismo. Nas traseiras, onde captei esta imagem, o seu aspecto é ainda mais decrépito e triste do que da fachada principal.

Porém…

…habita-a Vida, oferecida pelas muitas ervas daninhas que vão nascendo nos seus interstícios ou perto de zonas onde a água da chuva /humidade se acumula, como caleiras, tubos de escoamento de água, etc. Aí essas plantas vão cumprindo o seu ciclo de vida, engrossando seus troncos e até discretamente florindo.

Diria que esta imagem é um perfeito “conflito visual”, porque nela encontramos a morte e o renascer, a degradação e a vida, o enfraquecimento e o fortalecimento. E como acontece amiúde, também aqui a natureza revela a sua força e incrível capacidade de aproveitar oportunidades mesmo em condições totalmente adversas.

Um verdadeiro conflito visual que acaba por ser uma lição. Naquele edifício, assim como nesta construção que somos, sempre existe um recanto mais inseguro, difícil, frágil, obscuro e, quiçá aparentemente incapaz, passível de ser transformado/sublimado e revitalizado por um qualquer acontecimento, detalhe ou sentir.

Por algo que, numa certa perspectiva, poderá ser o tal factor de equilibrio.

religião

A etimologia da palavra que dá titulo a este post mudou ao longo dos tempos, mas gosto da versão que a associa a religare…re-ligar… unir…

Unir modos diferentes de estar, pensar, sentir e, especialmente, de viver a fé.

Entre religiões, movimentos religiosos, crenças ou outras formas de associar ideias e de lidar com o que possa estar para além da nossa materialidade, existe um leque enorme de possibilidades.

Perante essa realidade, cada habitante deste planeta deveria viver livremente a sua escolha e o modo de lidar com as energias que ligam tudo o que existe. Assim como ter a liberdade de recusar qualquer tendência ou religião. Mas para isso ser possível, o respeito pela diferença teria obrigatoriamente de ser a base e a essência de todas essas formas de estar/sentir.

Verifica-se porém a incapacidade de muitos em lidar com a diversidade e com a liberdade de escolha, o que levou a que a religião – algo que deveria unir seja um dos factores que ao longo dos séculos maior instabilidade e desunião criou e continua a criar no mundo. A intolerância religiosa existe, sendo um factor gerador de separações, conflitos, guerras, genocídios, migrações forçadas, etc., etc.

Isto é algo inexplicável, inquietante e talvez o maior absurdo desta humanidade que somos, sobretudo porque o sentir associado a cada divindade/religião (ou ausência dela) é do foro pessoal, íntimo, imaterial, e não tem explicação racional. Como pode então ser gerador de conflitos?

Hoje é o Dia Mundial da Religião, um dia que foi criado com o objectivo de promover a união, a tolerância e o respeito por aquilo que é intrínseco a todas as religiões – a fé – algo maior, intemporal e, como tal, com infinitas formas de se expressar.

Em suma, seja qual for o caminho escolhido, nenhum obstáculo, sociedade, política ou forma de pensar poderá impedir alguém de sentir e expressar como quiser o que considera como sagrado, transcendente ou divino.

Diria que tudo se resume a uma palavra, seja neste tema seja em muitas outras áreas da Vida: Respeito!

Que seja um bom domingo para todos!🍀

Achei muito curioso o facto de não haver um consenso sobre a data deste dia. Para uns, ele celebra-se sempre no dia 21 de Janeiro, mas para outros no terceiro domingo de Janeiro. Basta fazer uma busca pela internet e perceber essa discrepância. De certa forma isso reflecte a dificuldade que existe em harmonizar algo que é universal, como é a fé.
Eu optei pela segunda hipótese – terceiro domingo de Janeiro – não só por ter  mais disponibilidade para fazer/publicar o post, mas especialmente por considerar o domingo um dia que concentra em si  melhores e mais positivas energias!

agradecimento

Como um ser individual que sou, creio que a melhor forma de começar um novo ano é estando grata por aqui ter chegado com saúde e saber que esse precioso bem está presente naqueles que me são mais queridos. E por muitas outras razões, obviamente.

Como um ser colectivo e que interage com outros, agradeço os momentos bons e menos bons que me fizeram crescer e ficar mais atenta, assim como as ocasiões de partilha que sempre permitem novas aprendizagens. E agradeço profundamente o facto de viver num país que não tem conflitos com o exterior e onde impera a liberdade de acção e de expressão.

E por último, como um ser virtual que se insere neste imenso “tronco” cheio de ramos e ligações que é a blogosfera, onde se entrecruzam palavras e energias, olhares e emoções, pensamentos e criatividade, alegrias e tristezas, primaveras e invernos, outonos e verões, aniversários e natais…

… quero agradecer colectivamente a todos os que passaram pelo post que publiquei no passado dia 23 de Dezembro 2022 e nele deixaram simpáticas mensagens e/ou votos de Boas Festas, palavras a que não respondi atempadamente pois, estando em férias, sempre tento afastar-me das rotinas inclusive do blog.

… e dizer ainda que é meu desejo continuar discretamente por este novíssimo ano de 2023 a partilhar, com vontade e sinceridade, o que genuinamente me habita.

Com o enorme “abraço” que a imagem acima também simboliza, o meu obrigado e o desejo de um Bom Ano para todos! 🍀🥂

bolachas

Com ou sem açúcar
glúten
ou lactose,

normais
integrais
ou vegan,

consistentes
macias
ou estaladiças,

redondas
quadradas
ou rectangulares

simples
complexas
ou gourmet,

em pacote
caixa
ou a granel,

etc,
etc,
etc,…

…as bolachas fazem parte dos nossos dias e são aquele detalhe mais ou menos doce, que alimenta, conforta…e que é muito fácil de usar em excesso. A sua enorme variedade enche prateleiras de supermercado e será rara a casa que não possui um pacote num qualquer armário ou dispensa.

As novas regras de nutrição indicam que as bolachas vulgares não devem fazer parte da alimentação antes dos dois anos. O seu excesso em qualquer idade levará certamente à obesidade e será sinónimo de uma má alimentação. Aliás, durante a pandemia e a obrigatoriedade em permanecermos em casa, houve um exagerado consumo de bolachas e alimentos doces com consequência para a saúde de muitos.

Neste Dia da Bolacha, 4 de Dezembro, que o eventual gesto quase automático de ir buscar e comer uma bolacha não seja indiferente. Por um lado, tentando valorizar esse pequeno prazer de fácil acesso, de grande diversidade e disponível para todos os paladares; e por outro, lembrando que é um alimento raro para uma boa parte da população mundial, para quem não existem facilitismos….e muito menos o fácil acesso a esses extras. Para essa fatia da humanidade está em testes um projecto para a criação de bolachas com nutrientes, vitaminas e minerais capazes de equilibrar minimamente a alimentação de populações sub-nutridas e afectadas pela fome. Que ele avance e tenha bons resultados.

Para nós, que as temos sempre à mão…que sejam saboreadas com prazer mas sem escessos!

experimentações #37

Continuando a partilha de experimentações gráficas, depois do álbum elaborado em 2011 sobre as férias passadas nos Açores e já aqui publicado no último post desta série, só poderia fazer algo mais simples e menos exigente. Por isso, de uma forma muito natural em 2012 predominou a escrita intercalada aqui e ali com alguns registos gráficos, fotografias ou com aquilo que a natureza me ia oferecendo.

Este álbum abarca cerca de dois meses, englobando férias que se realizaram… férias que não se concretizaram…. e ainda outro tipo de situações familiares e sociais ocorridas nesse instável período de crise nacional e internacional. Diria que, mais do que um álbum de férias, ele é um álbum de vivências ocorridas no Verão de 2012.

Tendo em conta a quantidade de texto e as muitas folhas sem qualquer registo de outra natureza, vejo-o mais como um documento vivo do que como um album gráfico. Mas essa perspectiva não lhe tira qualquer valor emocional pois, pelo contrário, creio que até o fortalece.

Sendo este o último fim-de-semana de Novembro, que seja um tempo tranquilo e bem aproveitado por todos!