Aproveitando a “boleia” do Dia Internacional do Obrigado que, segundo o almanaque Borda D’água /2017 se comemora hoje, 11 de Janeiro, vou divagar um pouco sobre os termos que constituem o título deste post e que, de certa forma, estão relacionadas com o termo “obrigado”.
Todos somos diferentes e detentores de uma personalidade própria e com características únicas. Essa individualidade permite-nos ter preferência por determinado modo de comunicar, sendo certo que qualquer forma coerente de o fazer deve ser aceite e respeitada pelo outro. Se uns gostam da palavra e da proximidade, haverá outros que preferem falar pelo telefone e outros ainda que são mais adeptos da palavra escrita. E haverá sempre aqueles que preferem partilhar/dar pela acção, através de ajudas, apoio, etc. O importante é que haja atenção na recepção de qualquer uma destas formas de comunicar/partilhar…e obviamente, um cuidado na resposta!
Por exemplo: apesar de normalmente não nos esquecermos de agradecer um bem material ou uma prenda, essa atitude difere muitas vezes quando se trata de algo não material mas mais direccionado para conteúdos pessoais/emocionais, apesar de estes serem igualmente “prendas”. Concretizando um pouco melhor, é simpático e educado que se responda a um postal, a uma carta (rara certamente, mas ainda há quem goste de as escrever), a um email ou a um simples sms, se o assunto em causa for de índole pessoal. Um obrigado dito por telefone, por email ou por sms demora segundos, não exige selo, nem a necessidade de levar a carta ao correio.
Esta falta de cuidado também se manifesta noutras situações. É simpático, por exemplo, dar resposta atempada ao que se disse que se faria e não deixar os outros à espera por uma, duas, três semanas, ou mesmo indefinidamente. Se por qualquer razão não se pode concretizar o que se previu em tempo oportuno, basta apenas comunica-lo, dizendo que não é possível ou que está adiado mas não esquecido. É simples, fica clarificado e com essa atitude fazemos o mais importante: respeitamos o outro e o seu espaço/tempo.
A ausência de uma resposta ou de qualquer feedback pode ser sentido como indiferença. É desagradável e até pode magoar. Neste tipo de situação não está em causa o uso objectivo do termo “obrigado”, mas sim a “obrigação” de ter uma atitude atenta e que respeite os outros.
Além disso, agradecer, dar uma resposta ou cumprir com o que se disse é, no mínimo, uma questão de educação. Uma falha pontual ou um lapso todos temos, pois faz parte da nossa condição humana. Porém… são tantas as situações em que constato um desapego, uma indiferença e uma crescente falta de atenção, que me assusta um pouco o caminho que estamos a seguir enquanto sociedade.
Mas, talvez seja eu que esteja fora de moda…