
Tranquilidade, é o que esta imagem me transmite num primeiro olhar… talvez por se tratar de um detalhe do Alentejo onde nasci e que sempre me inspira esse sentimento pela harmonia da paisagem.
Insisto no olhar……e apesar do elemento central ser um veículo motorizado, encontro um equilíbrio entre as suas componentes.
Assim…
… o homem recorre à terra, de forma manual ou mecanizada, para a cultivar e retirar os seus alimentos essenciais…
… a terra necessita dos outros elementos da natureza – água, ar e sol – para que as sementes plantadas pelo homem ou de geração mais espontânea se desenvolvam, sejam alimento ou se transformem noutros recursos vitais…
… é ainda essa terra que disponibiliza de uma forma directa ou indirecta alimento a todos os animais que a habitam…
… muitos dos quais são agentes importantes nos ciclos reprodutivos da natureza e no processo de fecundação de muitas das plantas existentes…
… todas pertencentes ao reino vegetal, o grande produtor do oxigénio que todos os seres vivos respiram neste planeta…
… e assim por diante…
…
Ou seja, tudo tem a ver com tudo e tudo se completa, neste ciclo que poderia ser perfeito.
O meio ambiente mantêm o equilíbrio quando os recursos existentes são usados harmoniosamente e sem excessos. Quando os ciclos naturais são respeitados. Quando nenhum elemento da natureza é abusado e não lhe é exigido mais do que pode dar.
Incompreensivelmente, é o ser mais inteligente que habita este planeta – o homem – o que menos respeita o meio ambiente e o que mais o desequilibra.
Um bom paradoxo para meditar neste Dia Mundial do Meio Ambiente.