Vivia um tempo em que as emoções me tocavam de uma forma muito nova, sendo igualmente nova a tentativa de tentar compreender a nossa existência, escolhas, caminho e evolução por uma via mais espiritualista e esotérica.
Leituras, conversas e amizades estavam muito associadas a essa via, que também acabou por ser temática de muitos desenhos então elaborados.
Conta uma história simples, com princípio, meio e um inesperado fim, como convém a uma boa história. Fala de gente maioritariamente honesta e genuína, e fala de amor, de vários tipos de amor, seja do que se sente e mostra, do que flui no sangue e não se mostra, daquele que se dá porque mais não se pode dar, do amor vivido à distância, ou ainda do que ficou para trás e aí continua… à espera. Fala de amor, de amizade e de afectos.
É uma história-surpresa desempenhada por um grupo de actores jovens e menos jovens, como Callum Turner ou Jeff Bridges, que se desenrola ao som de numa excelente banda sonora. Pelo encadeamento, dinâmica das cenas e tipo de diálogos, pontualmente fez-me lembrar as películas de Woody Allen.
Diria que é um filme “sem nada de especial”, mas que proporciona um momento agradável e nos faz sentir bem. Simplesmente isso.
The misguided monk, é um pequeno e delicioso filme de animação da autoria de Tom Lang e música de Alex Cowels Hamar.
São pouco mais de três minutos de imagens, para uma belíssima lição de partilha, de cooperação e de amizade. Estou certa que o irão apreciar tanto como eu o apreciei.