

Em plena Primavera
os caminhos da cidade
são palco
cenário
e cor,
do lilás dos jacarandás
e da ternura do amor! 💜



Adoro os detalhes primaveris que estes dias nos oferecem!🤗
Em plena Primavera
os caminhos da cidade
são palco
cenário
e cor,
do lilás dos jacarandás
e da ternura do amor! 💜
Adoro os detalhes primaveris que estes dias nos oferecem!🤗
E se por estranha magia
entre um olhar e o outro
e num infinito momento,
tudo ficasse diferente
tudo se tornasse harmonia
e paz no meio da gente?
Que veríamos então
com este nosso coração?
Que as sombras também são cor
que o tempo se diluiu no tempo
que não há falta de amor
mas receio de o olhar de frente.
Pura ilusão?
Sim,
talvez sim…
…ou talvez não!
Voam os anos
aumentando a nossa idade,
voam os meses
a estonteante velocidade,
voam os dias
sem dó nem piedade,
voam as horas
de dias sem identidade
e voam os segundos
antes de serem realidade!
Neste eterno voar
o tempo é um sopro
que passa em nossos
interstícios…
…ele toca
afaga
dói
envelhece
enriquece
esquece,
é instante e memória
derrota e vitória
prazer e partilha
solidão
desilusão
sonho
e Amor,
porque sempre o tempo
tem para nós
um qualquer Amor!
Em cada respirar
habilmente o tempo voa
e a vida vai…
…para depois parar
numa esquina do tempo que passou
e dizer-nos simplesmente…
…atenção
muita atenção,
olha que já aqui estou!
Cidade de gente apressada
cidade de gente indiferente…
Gastam passos sem sentido
passam esquinas, casas, dor
pisam pedras,
pisam gente
negam um olhar decente
ignoram que há luz e cor
e tanto para ser percebido.
Abranda o passo,
esquece o tempo por momentos
e usa a cidade com amor,
acaricia as pedras ao andar
faz de cada esquina uma descoberta
e de cada azulejo uma obra de arte.
Deixa a cidade tocar-te,
procura no outro uma janela aberta
e põe um sorriso no seu olhar!
Este primeiro dia de Setembro apareceu envolto num nevoeiro morno e agradável, daquele que o corpo não rejeita. Por esse cinzento deambulei um pouco logo pela manhã na zona ribeirinha de Lisboa, levando comigo o sentir luminoso que vivi neste mesmo dia há 38 anos atrás, data em que tu nasceste e eu fui mãe pela primeira vez.
Sempre que os filhos fazem anos, como mães voltamos atrás e vibramos entre recordações e um mar de emoções. As minhas são doces e fluidas, como foi todo o processo do teu nascimento e como têm sido estes 38 anos da nossa relação. Hoje também tu és mãe e eu uma feliz avó do teu filho!
Entretanto a vida foi acontecendo neste planeta/universo. A Terra deu trinta e oito belíssimas voltas ao Sol… mas em nós a sensação é de rapidez… de um tempo fugaz…como aquele gesto simples e meio inconsciente de rasgar ou de riscar mais uma folha do calendário que “gere” o tempo. Não deveria ser assim…
Nestes 38 anos demos incontáveis passos como pessoas individuais. Tu no teu caminho e eu no meu. Atravessamos nevoeiros, céus azuis, dias soalheiros, certezas e incertezas, momentos de pura felicidade e alguns de tristeza. Mas ambas sabemos que é na atenção pelo outro, no estar presente, no aconchego, na troca e no jogo entre o dar e o receber que está tudo o que vale realmente a pena no desenrolar dos dias e da Vida.
Isso é a essência. Diria mesmo que é o Sol que sempre está presente mesmo nos dias de nevoeiro!
Muitos Parabéns minha filha, e continuação de uma boa viagem pela Vida!
Neste Dia Mundial dos Avós já sei o que é sentir o aconchego (e o peso!) de um neto nos braços e uma nova ternura no coração!
O nascimento do Vasco em Agosto de 2020 permitiu recordar alguns detalhes já desfocados na minha memória de mãe e, especialmente, perceber que o empirismo intuitivo, a tradição familiar e também a simplicidade logística da maternidade de há quase quatro décadas foi bastante ultrapassada, dando agora lugar a uma maternidade centrada em conhecimentos e conceitos, assediada pelo marketing, e onde a tecnologia está bastante presente através de um mundo de aplicações disponíveis num telemóvel.
Isso leva a adaptações que os avós de hoje têm necessariamente que fazer. Que eu continuo a fazer. Contudo, essas clivagens associadas à passagem do tempo tornam-se secundárias porque as emoções têm muita força e nada interfere com o amor que generosamente cria raízes entre avós e netos.
Sou apenas avó, papel que assumo com alegria, com prazer e com a necessária distância que separa este “segundo” encontro com a maternidade da verdadeira maternidade que vivi por duas vezes nos anos oitenta do século passado.
Percorro um tempo na minha vida em que impera o que me dá prazer e já não tanto o dever, desfrutando cada momento da presença, crescimento, aprendizagens e aquisições do meu neto como algo novo e encantador. E assumo: é realmente um deleite ser avó deste bebé de sorriso cativante e forte personalidade!
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A foto acima foi tirada há precisamente três semanas. Deste então, o Vasco aprendeu a deslocar-se rastejando, chegando onde quer com todo o dinamismo e muita curiosidade, o que requer atenção redobrada.
Dentro de duas semanas, ele já fará um ano!
E eu, dentro de duas semanas…também farei um ano como avó do Vasquinho!💛🤗
(26 Julho – Dia Mundial dos Avós)
… anda feliz a espalhar Amores de Outono por aí!
Entrei…
…no barco do teu olhar
e tranquila
naveguei
no azul desse mar.
Um pestanejar
bastou
para voltar ao meu lugar…
…onde esse azul continuava
para mim a olhar!
E sempre a encantar!
Ao sol pedi…
…aquece-me
Ao vento…
…leva-me
À chuva…
…refresca-me
Ao amor…
…abraça-me
E por fim,
à Natureza e à Vida…
…tudo agradeci!
(…inclusive o menos bom, mas que sempre vale de aprendizagem!)
A viagem que anualmente promoves em tempo de aniversário será este ano bastante diferente, pois não haverá aviões, aeroportos ou cidades a explorar.
Em tonalidades bem mais intimistas viverás a tua primeira viagem como mãe por estes ciclos anuais que marcam a nossa Vida. Nesse novo estado sentirás as rotinas e o cansaço próprio de quem cuida e alimenta um filho com três semanas, mas terás certamente detalhes inesperados e momentos diferentes do habitual. E neles viajarás com os sentidos mais atentos e uma imensa ternura à flor da pele!
Pela minha parte, agora de mãe para mãe, um obrigada por teres nascido, um abraço bem apertado…. e um poema!
Ser Mãe,
é viajar por um trilho
de experiências novas
e profundas descobertas.
Com o teu filho
irás percorrer prados de ternura
e brincadeira,
caminhos semeados de dúvidas,
cansativas subidas,
atalhos surpreendentes,
florestas de insegurança…
…e alcançarás uma nova visão
da Vida
sem subires a qualquer montanha!
Rirás com detalhes mínimos
e chorarás por pouco
ou nada.
E viverás desconhecidas emoções
como se os teus sentidos,
corpo
e pele,
habitassem um novo mundo
de sentimentos
e sensações.
Neste caminho partilhado
procurarás rios
de informação
para te saciar os medos e as dúvidas,
mas logo perceberás
que a melhor resposta a essa sede
estará em ti,
no teu coração
e sempre na tua intuição.
Ser mãe
é esta viagem em poucas palavras.
Mas ser mãe não são palavras,
é algo imenso
intenso
e de um Amor sem fim!