
Cidade de gente apressada
cidade de gente indiferente…
Gastam passos sem sentido
passam esquinas, casas, dor
pisam pedras,
pisam gente
negam um olhar decente
ignoram que há luz e cor
e tanto para ser percebido.
Abranda o passo,
esquece o tempo por momentos
e usa a cidade com amor,
acaricia as pedras ao andar
faz de cada esquina uma descoberta
e de cada azulejo uma obra de arte.
Deixa a cidade tocar-te,
procura no outro uma janela aberta
e põe um sorriso no seu olhar!
Poema e desenho de Dulce Delgado, ambos com mais de três décadas mas de uma temática que se mantem actual. Diria apenas que o poema revela um pouco de idealismo a mais…