Somos gente,
matéria e sopro de vida
em corpo de sangue
quente,
gente de fé
de pensamento
e de tanto sentimento!
Mas somos sombra
igualmente,
sombra parceira da luz
elástica
fresca
e transparente,
sombra eterna
que nos persegue
ao ritmo do movimento.
Sombra
sempre anulada
pelo brilho de um espelho,
face única
e transcendente
onde a sombra fica ausente
e a luz
é permamente.
Face de viva magia
fronteira do aparente,
lugar imagem…
lugar miragem…
mas sempre lugar de viagem
ao outro lado da gente!
(Dulce Delgado, Setembro 2017)