O sentido, o entendimento e o efeito de determinada frase, tem grande probabilidade de ser diferente caso seja emitida/ouvida por um homem ou por uma mulher.
Num homem, a frase terá o sentido literal das palavras; numa mulher, ela terá certamente uma série de nuances e adendas. Da mesma forma que a maioria dos homens faz apenas uma coisa de cada vez porque a sua objectividade é grande e não divergem do fim a que se propõem, a mulher é bem mais versátil e tem a capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo e, no geral, todas cumprir.
Esta elasticidade e abrangência feminina que, verdade seja dita é maravilhosa, permite-lhe controlar mais facilmente tudo o que a rodeia e, em simultâneo, ter acesso a muita informação, situada entre o útil e o inútil. Todos esses dados ficam guardados, criam uma série de relações entre si e, mais tarde ou mais cedo, terão que ser exteriorizados e aplicados.
Então… surgem muitas atitudes interessantes, mas também surgem as complicações femininas, que englobam os segundos sentidos, o aparecimento de expectativas tendencialmente frustrantes, um romantismo muitas vezes exagerado, uma imaginação fértil em cenários e possibilidades, etc, etc,. E surge o “mas…”, o “talvez…” ou o “se…” , muitas vezes associados a pensamentos/comportamentos que gostariam de ver no outro. Porque, na verdade, é mais comum ser a mulher a querer transformar o homem do que o contrário!
Mais problemático, poderá ser a vertente feminina desejar que a masculina perceba ou antecipe o que está ou esteve na sua cabeça em determinado momento ou situação, o que para eles é difícil, dada a sua grande objectividade e não perderem tempo com meandros que não entendem.
Não, não existe uma solução para estas divergência de funcionamento, mas existem atitudes que permitem o equilíbrio: paciência, humildade, sensibilidade mútua e, principalmente, uma boa comunicação. Ora vejamos:
– em caso de dúvida, esclarecer tudo e não deixar “areia” na engrenagem;
– quanto às expectativas femininas… o melhor é que não apareçam! Sendo antecipadamente claras e directas evita-se uma futura frustração. E o recurso a “indirectas” não é definitivamente a melhor solução. Além disso… as surpresas aparecem, mas é nos momentos mais inesperados!
– em caso de irritação provocada por qualquer das partes…respirar fundo… ir à janela ver o céu azul, as nuvens ou as estrelas… contar até dez, vinte ou cem… e depois conversar… conversar sempre e calmamente;
– em caso de divergência profunda… manter o respeito pelo outro, porque cada um tem o direito de ser como é. Ou então, optar pela “negociação” e cedência mútua, se uma solução for mesmo necessária. Essa é a atitude mais inteligente.
Ou seja…
…tentar partilhar e apaziguar essas diferenças, relativizando a sua importância. Porque, se existe amor e cumplicidade entre as partes, também existe a capacidade de encarar estas profundas diferenças com humor e um sorriso.
Essa é a maior vitória!
Imagem retirada de http://www.vladman.net/blog/homens-e-mulheres-respondem-ao-estresse-diferentemente