

Lá fora, uma chuva persistente continuava a cair e a alimentar a sede da terra.
Entre o meu olhar e o exterior um vidro transparente recebia as gotas que caíam…que aí permaneciam… ou que deslizavam sem rumo definido. Centrei o meu olhar nessa “janela-cenário” e tentei perceber que caminho seguiria a próxima gota…
Impossível, totalmente impossível de determinar. Num ápice senti-me no “jogo da vida”, igualmente imprevisível, aleatório e quantas vezes até desonesto.
Metaforicamente… somos como as gotas de água numa janela em dia de chuva….
…de um momento para o outro podemos ser tocados ou “apanhados” por um qualquer acontecimento, pessoa, sentimento, etc e tudo ficar alterado;
…podemos ser uma gota mais activa, aquela que não pára e avança, que muda de direcção e segue, solitariamente ou depois de “abraçar” outras pelo caminho
…ou ser apenas a gota que foi ficando, sem nada acontecer, acabando mais tarde ou mais cedo por evaporar…
Cada instante pode ser determinante, seja quanto ao passado seja no desenhar do futuro. Diria mesmo potencialmente determinante, como cada uma das gotas de chuva que aleatoriamente tocava no vidro e me fez lembrar a vida de todos nós…com os seus encontros e desencontros, abraços, mudanças de rumo, quedas abruptas, períodos de inércia, indiferença, energia ou actividade intensa, paragens, etc,.
Uma verdadeira “dança da Vida”!
Respirei fundo e de certa forma agradeci por ainda continuar atenta a estes momentos. Resolvi ir buscar a máquina e fazer um pequeno video…que agora verifico que a versão gratuita do WordPress não me permite publicar.
Paciência. Ficam dois detalhes dele retirados e…na próxima vez que a chuva abraçar a vossa janela, observem o “filme”, pois ele será bastante semelhante ao que hoje não consigo partilhar.
Com chuva ou sem ela, desejo a todos um bom final de Outubro!