sete anos!

Há três ou quatro dias o WordPress avisou-me do aniversário do Discretamente. Fiquei surpresa pois pensava que seria hoje, dia 28, data da publicação do primeiro post no ano de 2016. Porém, parece que o dia da sua criação é o que conta.

Seja como for, sempre gosto de lembrar datas e os sete anos deste espaço são realmente importantes para mim. Por um lado, porque gosto imenso do número sete; e por outro, porque quando iniciei o blog no final de Abril de 2016 via-o sobretudo como uma possibilidade de orientar e partilhar a minha criatividade. Senti que poderia ser a decisão certa naquele momento mas, sendo um mundo novo, não sabia se iria gostar e adaptar-me. Tal como não sabia que outro rumo tomar se não resultasse…

Hoje aqui continuamos, eu e ele, com vontade de futuro. E isso, muito honestamente é o que me interessa. Os números e estatísticas não são importantes, mas apenas uma referência por vezes bem afastada da realidade como todos nós sabemos.

Agradeço a todos os que me têm acompanhado com “honestidade de alma”, manifestando-se ou não. É para esses que aqui continuarei, discretamente e sem perspectivas ou timings, enquanto a vontade, o gosto e a disponibilidade estiverem presentes dentro de mim.

Obrigada! 🙏🤗

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agradecimento

Como um ser individual que sou, creio que a melhor forma de começar um novo ano é estando grata por aqui ter chegado com saúde e saber que esse precioso bem está presente naqueles que me são mais queridos. E por muitas outras razões, obviamente.

Como um ser colectivo e que interage com outros, agradeço os momentos bons e menos bons que me fizeram crescer e ficar mais atenta, assim como as ocasiões de partilha que sempre permitem novas aprendizagens. E agradeço profundamente o facto de viver num país que não tem conflitos com o exterior e onde impera a liberdade de acção e de expressão.

E por último, como um ser virtual que se insere neste imenso “tronco” cheio de ramos e ligações que é a blogosfera, onde se entrecruzam palavras e energias, olhares e emoções, pensamentos e criatividade, alegrias e tristezas, primaveras e invernos, outonos e verões, aniversários e natais…

… quero agradecer colectivamente a todos os que passaram pelo post que publiquei no passado dia 23 de Dezembro 2022 e nele deixaram simpáticas mensagens e/ou votos de Boas Festas, palavras a que não respondi atempadamente pois, estando em férias, sempre tento afastar-me das rotinas inclusive do blog.

… e dizer ainda que é meu desejo continuar discretamente por este novíssimo ano de 2023 a partilhar, com vontade e sinceridade, o que genuinamente me habita.

Com o enorme “abraço” que a imagem acima também simboliza, o meu obrigado e o desejo de um Bom Ano para todos! 🍀🥂

de férias!

Como sempre tem sucedido no meu período de férias, o Discretamente também irá descansar temporariamente para um qualquer virtual lugar longe de mim.

Esta mudança de estação levar-me-á por aí, por caminhos e descanso, entre verdes e mar, e com os sentidos bem alerta. Preciso muito de tranquilizar as emoções da vida e as preocupações com o mundo, algo que quase três semanas em contacto com a natureza deverão certamente ajudar.

Assim, neste ultimo dia de Primavera e em véspera de mudança de estação, desejo um bom Verão a uns e um tranquilo Inverno para outros. E desejo especialmente melhores noticias para o mundo e para todos nós!

Um abraço e até meados de Julho! 🤗🌳😎🌞⛱🍉

férias!

Começando neste fim-de-semana a “respirar férias”, seguirei à risca o espírito desse período e irei afastar-me tanto quanto possível dos gestos e hábitos de todos os dias.

Nessa perspectiva, também o blog irá discretamente de férias nas próximas duas semanas, pelo que não será “alimentado” nem acompanharei as publicações de outros autores como normalmente tento fazer.

Não quero obrigações nem compromissos… mas apenas estar disponível para os dias e para a natureza que me irá envolver.

Até breve!🌞

 

 

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Dooois? Onde estás?

– Quem me chama?

– Eu, o Seis. Anda aqui!

…?

– Senta-te aqui a meu lado!

O Dois senta-se pouco convicto à direita do Seis. Este último sorri e diz:

– Chegou a tua vez de ficar aqui deste lado. O Um foi ontem embora e tu és o seguinte. Não posso ficar sozinho, preciso de me encostar a ti durante um ano…

– E eu tenho que ficar quietinho?

– Sim. Podes espernear mas não sair…

Sentado mas inseguro, o Dois está surpreso e sente-se estranho. Fica silencioso, reflecte, medita… e momentos depois mais consciente da situação diz:

– Ok, se chegou a altura de eu ficar um ano a teu lado e ambos um ano na vida da Dulce, então devemos cumprir o melhor possível essa missão. Já estivemos juntos há muito tempo, quando eu estava no outro lado… éramos mais novos….e tínhamos todos outra energia. Agora, com um pouco mais de experiência tudo devemos fazer para tornar os próximos 365 dias de vida da nossa amiga saudáveis, criativos, afectivos, atentos, de partilha e tranquilos, apesar de se vislumbrar um ano de fortes emoções já que será avó pela primeira vez e está muito feliz com isso. Temos que tentar que tudo corra bem!

– Vamos a isso, diz o Seis! Sejamos então uns simpáticos Sessenta e Dois!

 
Discretamente e com muito carinho, agradeço a intenção do 6 e do 2…dos 62…e desejo com esperança, emoção e do fundo do coração que tais palavras se concretizem e sejam uma realidade!

 

 

(Dulce Delgado, 7 Maio 2020)

 

 

 

 

 

de regresso…

 

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…começo por agradecer a todos os que apreciaram o meu ultimo post e nele deixaram de uma forma mais ou menos objectiva o desejo de umas boas férias. Neste momento já não tem sentido responder individualmente a esses comentários, pelo que o faço colectivamente, agradecendo a vossa gentileza.

Para cada um de nós, e dependendo de várias situações, o termo “boas férias” terá uma leitura diferente. Ele é suficientemente ecléctico para, em termos práticos e entre inúmeras possibilidades significar uma viagem pelo mundo…..o prazer em percorrer uma região do país fora da rapidez e da “efemeridade” das auto-estradas…. ou apenas ficar num mesmo lugar a descansar e a usufruir de um tempo de tranquilidade mais ou menos absoluto. E férias pode ser simplesmente o quebrar das habituais rotinas.

No momento em que escrevo estas linhas, reservo-me ao prazer de ainda estar em férias, mas agora em casa. O tempo anterior foi de estrada, de quase dois mil quilómetros partilhados com o meu companheiro, de muitos lugares novos e outros revisitados, de descobertas, de surpresas… e de muita, muita natureza!

A decisão de nada publicar durante duas semanas foi uma premissa que impus a mim própria. Porque não queria o computador no meu olhar nem o blog na minha mente. Como um “filho”, um blog acaba por nos absorver e por capitalizar muita da nossa energia. Queria liberdade de tempo e de compromissos. E foi com esse espírito que parti para férias.

Contudo…

… tal como um filho se aloja na alma, na pele e é uma parte de nós para toda a vida, também o blog se “entranha” nos nossos sentidos, olhar, pensamentos, etc. E assim, naturalmente e sem avisar, ele apareceu sorrateiro associado a uma imagem, a um momento ou lugar, a um detalhe ou sensação.

E com ternura voltei discretamente a este meu espaço em vários momentos, como exemplificarei de seguida.

Assim…

…recordei a natureza artista quando o olhar se cruzou com a expressiva árvore da imagem com que iniciei este post ou ainda com o tronco da fotografia abaixo, ambas captadas no Parque La Salette em Oliveira de Azeméis;

 

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…em vários momentos os passadiços de madeira guiaram-nos por trajectos  ambientalmente mais sensíveis. Com eles eu viajei pela natureza mas igualmente até ao blog, seja aos posts já publicados sobre essas estruturas, seja ao conteúdo que futuramente partilharei sobre outros locais onde estão implantados;

 

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…nas terras quentes de Trás-os-Montes recordei os afectos primaveris ao encontrar este casal de percevejos (Pyrrhocoris apterus, Linnaeus, 1758 ), que indiferentes à agreste envolvente continuavam a sua actividade reprodutora ou, quiçá… talvez partilhassem apenas um afecto veranil!

 

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…foi na periferia da albufeira da Barragem do Azibo (Bragança), que encontrei o lilás de lisboa, não em flores de jacarandá mas nos  vários arbustos de alfazemas que ali espalhavam a sua cor e odor;

 

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…também o humor dos dias esteve no meu sentir e pensamento através das mudanças imprevistas da meteorologia, seja no sol aberto e calor difícil, no fresco desejado, numa inesperada trovoada, na efémera chuva ou no irrequieto vento. Tudo a natureza nos ofereceu!

 

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…este belíssimo castanheiro descoberto num recanto do Parque Nacional de Montesinho trouxe à minha memória o post sobre a árvore europeia do ano. Esta árvore nunca terá certamente esse título, mas proporcionou um encontro cheio de boa e centenária energia!

 

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…e na cidade  de Pinhel, no distrito da Guarda, encontrei o galo do meu cata-vento pousado no cimo da torre de uma Igreja. E sinceramente…pareceu-me tranquilo e bastante feliz!

 

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O que significa tudo isto?

Apenas que não somos estanques e que dentro de nós tudo se relaciona. Essencialmente, este blog sou eu, o meu olhar, o meu sentir e o meu pensar. Como tal, ir sem ele para férias é impossível…porque em muitos momentos ele me apareceu com um sorridente “olá! Talvez as férias tenham sido apenas do computador!!

Por último…

…como sucedeu em anos anteriores, farei outros posts partilhando locais e detalhes destes dias de viagem. Sem tempo nem pressa…porque o tempo ainda é de férias!!

 

(E calmamente também começarei a acompanhar as vossas publicações!)

 

 

 

nuvem viajante…

 

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Olhei,
e vi um pássaro gigante no céu da minha janela…

Seria uma nuvem-pássaro…
um pássaro-nuvem…
ou apenas
esta voadora imaginação?

Talvez fosse uma nuvem distraída que se perdera de outras
e veloz,
as tentasse apanhar…

…ou uma nuvem exploradora da liberdade
deambulando pela vida
pelo mundo, pelo vento
e pelo ar!
Talvez uma nuvem a viajar!

Amanhã,

também eu irei “voar” pela liberdade das férias
respirando paisagens,
olhares
e lugares
desta terra lusitana.

O corpo e a mente
precisam muito de descansar,
e o blog,
discretamente
ficará a aguardar!

 

Isto significa que nas próximas duas semanas não irei publicar nem vos irei acompanhar! Até breve!

 

(Dulce Delgado, Julho 2019)

 

 

 

primeiro ano

 

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Faz hoje precisamente um ano que publiquei o primeiro post neste espaço, facto que me merece alguma atenção.

Discretamente tenho tentado “alimentá-lo” de forma variada, de acordo com o que observo, penso e sinto, mas não só, porque ao estar inserida numa sociedade em constante transformação e pródiga em acontecimentos, de uma forma ou de outra alguns detalhes do mundo acabam por estar presentes.

Mais importante do que o número de seguidores ou de posts publicados, de visualizações, número de likes ou de comentários partilhados, é o que ele tem significado para mim, tendo em conta a forma como então justifiquei a sua criação. Nessa altura escrevi …”Talvez porque os anos estão a passar tão rápido quanto os dias, senti necessidade de estruturar o que me caracteriza. Não tenho planos a cumprir...”

É essa palavra “estruturar” que sintetiza o que se passou neste último ano, porque encaro agora este espaço como o meio que me faltava para dar forma e organizar o que estava latente mas não conseguia “agarrar” coerentemente. Ele está a permiti-lo, porque me “obrigou” a objectivar aqueles pensamentos que surgiam e que no momento seguinte se perdiam, a materializar a imaginação que me constrói ou, ainda, a partilhar algumas das emoções que sinto ou lugares a que a curiosidade me leva. Hoje, há textos, poemas, desenhos ou fotografias que não vão para a gaveta e naturalmente são partilhados. E isso tem sido muito bom!

Reaprendi a estar mais atenta, atitude que ficara parcialmente esquecida com o passar dos anos e das rotinas a que somos obrigados e que sempre criam raízes em nós. Tenho hoje a sensação que aquele “olhar” interior e exterior que a todos alimenta, não apenas é mais abrangente como está mais focado e é melhor aproveitado.

Este período permitiu-me ainda organizar os dias de uma forma mais racional porque, apesar das solicitações serem semelhantes, o tempo necessário para publicar 174 posts apareceu…não sei bem como! Obviamente que muitas horas de sono não foram cumpridas, mas sinto que conquistei muito tempo à vida.

Por último, proporcionou-me uma gratificante viagem pela blogosfera, ao facilitar o acesso a páginas de áreas e conteúdos muito variados, algumas literáriamente excelentes. Estou certa que todas serão fruto do empenhamento de pessoas que, como eu e dando o seu melhor, encontraram uma forma de se expressar e de partilha.

Estou grata a todos aqueles que, de uma forma mais ou menos activa e através do blog ou fora dele, me têm incentivado ao longo deste ultimo ano. Será por mim e por eles, que espero continuar. Assim  a vida o permita.

 

 

 

centésimo

buganvilia  e se fosse eu a harpa e Kora  ioga portugalex primavera passadiços apenas um agradecimento desenho linha do horizonte harmonia  novo tempo cosmética 29 doar duetos marcelo rebelo de sousa nevoeiro no tejo  lisboa e os jacarandás gif jo cox solstício de verão o tejo e a ponte moda bd man sonhar turismo industrial unir as ondas no mar e na vida a escrita das ondas liberdade ética desejos….

 

Discretamente, seis meses após o início deste blog e 99 posts depois, posso afirmar:

– que a “ansiedade” sentida antes de carregar pela primeira vez no botão publicar foi inesquecível, por estar em causa a decisão de me expor, ou não;

– que foi importante sair da zona de conforto e avançar, apesar da possibilidade de frustração ser real e a evolução deste projecto uma incógnita;

– que um passo deste tipo só deve ser dado se nos sentirmos capazes de aguentar qualquer crítica;

– que foi um momento especial o primeiro comentário e like que recebi!

– que na dinâmica e gestão de um blog existem os dias muito bons, os dias razoáveis, os indiferentes e os totalmente frustrantes;

– que é necessária alguma integridade para não cair naquele jogo típico das redes sociais do “eu sigo-te, para depois tu me seguires”, apenas com o fim de obter seguidores, visualizações ou likes. Diria que o meu blog é honesto, pois apenas sigo quem aprecio;

– que é um prazer descobrir, explorar e seguir outros blogs;

– que é muito estimulante ser seguida e incentivada por pessoas que conheço, mas também por outras que não conheço;

– que magoa a indiferença de alguns de quem esperaria todo o apoio.

e ainda:

– que um olhar atento leva a mil descobertas dentro e fora de nós
– que uma ideia chama outra ideia
– que a imaginação é uma fonte de inspiração
– que a vontade de escrever é uma espécie de “vício” que nos deixa saudavelmente dependentes

e, finalmente,

que esta aventura se está a revelar muito enriquecedora!