importante

Em véspera de um novo período de confinamento decretado para o meu país em virtude da pandemia e que também me irá abranger, sei que por algum tempo não passarei por este lugar de todos os dias e por estes belíssimos olhares que Lisboa me oferece.

No meu íntimo e perante esta imagem, para além de agradecer mais uma vez esta dádiva matinal, desejei sobretudo que a energia emanada por este tranquilo nascer do dia se reflicta na consciência deste país, seja alimentando a esperança que nos habita, seja na lucidez e na atitude responsável com que devemos cumprir rigorosamente o que nos é pedido a partir de amanhã.

E temos a obrigação de o fazer em prol de uma sociedade que neste momento tem recursos a atingir o limite e muita gente afectada pelo cansaço, pelo sofrimento e pelo desgaste emocional provocado por toda esta situação. Sem esquecer obviamente as graves dificuldades económicas que já atingem uma boa parte da população.

Por tudo isso e pelo todo que formamos como país, façamos o nosso melhor.

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entre prosa e poesia…

Dezembro seria um mês banal se não fosse o Natal, aquela festa familiar, bem enraizada e de sabor tradicional.

Em Portugal o mês começa com um feriado, dia que nos relembra um momento fundamental da independência nacional. Uma semana depois um novo feriado, este religioso, para uns algo indiferente e para outros valioso. Mas para a grande maioria, devido à pandemia foram dias sem igual…pelo confinamento geral!

E Dezembro continua… colorido…luminoso…vestindo-se de Natal…e aquecendo com ternura a esperança nacional.

Sem planeamento, qualquer mês de Dezembro pode ser louco em demasia, pelo desejo de comprar algo certo para ofertar a amigos e família. Nesse deambular natalício, sempre surge na minha mente aquele difícil pensamento que opõe o espírito de Natal com o lucro comercial.

Curiosamente, neste peculiar Dezembro de um ano tão impar, não houve confronto mas sintonia, ciente que tudo o que comprarmos ajudará uma economia bastante debilitada em virtude da pandemia.

E assim, passo a passo e sem conflito prosseguirá o ritual que levará ao Natal deste ano inesquecível. E ao mais desejado reencontro familiar – nessa data possível sem esquecer a segurança – mas sobretudo a um tempo de fé e de profunda esperança numa real mudança.

O mundo deseja e o mundo precisa. Esperemos que assim seja!

(Dulce Delgado, Dezembro 2020)

o que é nosso

 

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No complexo contexto económico em que vivemos a solidariedade entre países é importante, mas neste momento é fundamental que todos apostemos um pouco mais no recanto onde nascemos. Como portuguesa, creio que apostar naquilo que é fabricado e produzido em Portugal nunca foi tão urgente como agora. Este é o nosso terreno, tem as nossas raízes e precisa de nós. Como tal, nunca serão demais os alertas que nos orientem para uma mudança de paradigma na forma de comprar/adquirir produtos.

Tudo começa no acto de verificar a etiqueta/rótulo antes de comprar, assim como na opção pelo comércio local/pequeno comércio, em regra mais associado a produtores de proximidade. Mas não só. Os tempos mudaram e outras formas de comércio são agora banais, pelo que muitos produtores e fabricantes nacionais apostaram e/ou reforçaram a venda dos seus produtos por meios digitais. Vejamos alguns exemplos:

 

Não vivendo o corpo só de alimentos, são muitas as áreas de actividade em que é possível apostar no fabrico nacional. Seguem-se alguns exemplos:

 

Longe de mim fazer qualquer publicidade neste blog. Apenas estou focada no termo made in Portugal e estas marcas são representativas desse princípio. Muitas outras poderão ser encontrados na plataforma afabricaportuguesa, apenas acessível através do Instagram e que abrange diversas áreas

O mesmo tipo de pensamento deverá acompanhar os portugueses que este ano pretendem e podem fazer férias, dando preferência ao nosso país e ao seu enorme potencial. Dessa forma estaremos directamente a contribuir para a manutenção de muitos postos de trabalho. Não será essa uma boa premissa a ter em conta no momento de desfrutar as nossas férias?

 

(Apesar deste espírito em “apostar no que é nosso” já estar presente em muitos portugueses, relembrar e actuar em conformidade é o mínimo que todos podemos fazer)

 

 

 

 

 

 

a água no mundo

 

 

Há alguns anos, Matt Damon (actor) e Gary White uniram esforços e uma forma de pensar semelhante para criaram a organização global Water.org , baseada na filosofia de que o acesso a água potável pode transformar problemas em potencial, seja desbloqueando a educação, desenvolvendo a economia ou melhorando a saúde.

Aliaram-se a profissionais de vários países e de diversas áreas, o que lhes permitiu uma actuação mais global que neste momento já se estende a três continentes e melhorou substancialmente a qualidade de vida de muitas populações, em especial das mulheres que em certas regiões se deslocam durante horas para obter esse precioso liquido.

O video inicial deste post faz parte de uma das campanhas de angariação e de sensibilização promovidas por esta organização, neste caso com a Stella Artois, um dos seus parceiros. Estes poucos minutos são essencialmente um alerta sobre a importância da água e para a nossa insensibilidade sobre esta questão, certamente provocada pela facilidade com que abrimos uma torneira e temos toda a água disponível, seja para consumir… seja para estragar.

O video que se segue, também elaborado para essa campanha, mostra de que forma uma maior facilidade na obtenção de água pode ser importante na vida de alguém e de uma comunidade.

 

 

Todos sabemos que a questão da água é um assunto crucial na vida deste planeta.

Basta estarmos atentos à forma como ele reage quase diariamente a uma evidente falta de senso, de respeito e de humildade de todos nós, especialmente daqueles que, pelo seu poder e influência, mais atenção deveriam ter.

 

(Obrigada Manuela!)