
Apesar dos telemóveis disponibilizarem os blocos de notas e os lembretes, eu assumo o meu vício pelas “listas”… em papel!
Uma lista é uma espécie de “cábula legalizada”, uma vez que cumpre a função de auxiliar de memória sem transgredir qualquer norma. É leve, reciclável, não depende da carga de um telemóvel e ainda proporciona um saudável momento de prazer, de catarse e de sensação de missão cumprida, sempre que algum item é energicamente riscado. Tratando-se de um pequeno vício, quando uma lista acaba, outra já está no prelo. E assim sucessivamente!
Existem as listas desagradáveis e as agradáveis.
Nas primeiras incluo a lista das faltas/compras de víveres, lista muito dinâmica, sempre presente…quase eterna… e pronta a receber itens adicionais. Para se tornar mais simpática, aceita transgressões pontuais no acto das compras.
Relacionada com esta está a lista das refeições planeadas, uma forma pessoal de funcionamento que me permite tornar menos pesada uma tarefa que não aprecio.
E depois existem as agradáveis!
Em primeiro lugar, está a lista das ideias e tarefas, uma lista teórico/prática que regista ideias de todo o género e feitio, inclusive para este blog, mas igualmente tarefas práticas (obrigatórias ou não), actividades manuais, bricolages, etc. É uma lista muito activa e apreciada.
Em segundo lugar está a lista dos lugares a visitar, seja dentro ou fora do país. É uma verdadeira utopia, porque está sempre a crescer e raramente um item é riscado. Mas não faz mal… porque os sonhos também têm direito a uma lista!
E por fim, existe a lista de eventos/cultural, onde muitos itens acabam por ser riscados… simplesmente porque o filme, a exposição ou o teatro já saíram de cartaz. Normalmente é longa, bastante dinâmica…e ligeiramente frustrante, porque a falta de tempo, de oportunidade e de capacidade monetária misturadas com alguma preguiça levam a essa situação. Não obstante, está geralmente actualizada… talvez porque me faz sentir uma pessoa mais culta…
É absurdo, eu sei, mas, quem diz a verdade merece perdão!