Gosto muito de diospiros de roer, mas não aprecio os de abrir. Nestes últimos nem sempre é fácil perceber o momento ideal em que devem ser consumidos, pelo que estamos sujeitos a sentir aquela desagradável sensação de adstringência que os seus muitos taninos provocam na nossa mucosa bucal quando o fruto não está suficientemente maduro.
Sendo um alimento muito rico em vitaminas A e C, e ainda em potássio, cálcio e fósforo, é excelente para consumir no Outono e no Inverno, época em que são comercializados. Por tudo isso sou uma forte adepta da espécie de roer e à qual dedico hoje este post.
Visualmente é um fruto alegre, de bela cor e que nos oferece de presente uma espécie de flor quando cortado a meio, forma que é mais evidente e perfeita se o diospiro está no grau certo de maturação. Normalmente essa “flor” tem oito pétalas, mais já as encontrei com um número diferente.
O mais curioso foi o ter descoberto há poucos dias, não sei se por estar mais atenta ou por ter feito um corte diferente do habitual…que o diospiro não guarda apenas uma flor…mas que guarda também uma aranha!
Como as demais aranhas, esta tinha igualmente quatro pares de patas ligadas a um corpo… e facilmente a visualizei a passear sobre a mesa… e pelos meandros desta imaginação! Acrescente-se, para melhor compreensão, que aprecio aranhas e que tudo faço para as salvar quando decidem ocupar o meu território.
No dia seguinte abri este diospiro. Encontrei a flor…cumprimentei a aranha…captei estas imagens….e depois saboreei-o tranquilamente e com o prazer de sempre.
Gosto imenso destas surpresas que a natureza esconde!