
Num instante de tempo
um suspiro
um eco
um respirar
talvez…
…talvez seja o mar
azul e profundo
a me saudar.
E eu agradeço
com o olhar,
aquele imenso, terno e transparente
abraço
que afaga
a vastidão do mar!
Num instante de tempo
um suspiro
um eco
um respirar
talvez…
…talvez seja o mar
azul e profundo
a me saudar.
E eu agradeço
com o olhar,
aquele imenso, terno e transparente
abraço
que afaga
a vastidão do mar!
Solto um inquieto pensamento
que a brisa leva,
simplesmente.
Nesse voar…
…um pássaro os pressente
e sorri para esse vento
… as folhas da árvore agitam
num aceno doce e lento
…e ao passarem sobre o mar
provocam o seu ondear!
Depois de muito viajar
pede o pensamento à brisa
para casa o levar…
…e ele regressa ao meu pensar,
agora mais calmo e tranquilo
depois da liberdade provar!
Que seja um tempo tranquilo para todos!🤗
Um instante em tons de azul…
….para equilibrar o cinzento e a chuva dos últimos dias. E que felizmente vão continuar!👍
Bom fim-de-semana!🤗
Bom fim de semana!🌞
Enormes,
as ondas envolviam-se sobre si
num aconchego ao espaço
e olhar para o interior.
Crescendo em tamanho e força
libertavam um véu
que se desfazia no tempo
no vento
no mar
e no espanto do meu olhar!
Por fim,
a explosão
e a festa do branco,
um campo de espuma
como um campo de neve,
sem desaparecer
sem nunca deixar de ser!
Apetece tocar…
Apetece fugir…
Estranho o mar
e as suas formas…
…estranhos os sentimentos que me provoca!
Sempre presente na minha vida,
querendo o meu sentir
agarrando o meu fugir,
não me permitindo deixar de olhar.
Porque é mar
de amar…
…e porque eu tenho medo!
Neste segundo post abro horizontes sobre a generalidade das paisagens da ilha, teoricamente uma abordagem que teria mais sentido num primeiro texto. Porém, uma vez que os trilhos/levadas/caminhadas foram o grande objectivo destas férias, achei interessante dar-lhes a devida prioridade.
Para os que conhecem a Madeira, nada de novo irei acrescentar. Para quem não a visitou, talvez abra o apetite a uma futura exploração. Farei uma abordagem simples, baseada na diversidade de ambientes e lugares que a ilha oferece especialmente a quem circula nas suas vias mais tradicionais. Acrescente-se que, por ser bastante montanhosa, nas últimas décadas foi “perfurada” por dezenas de túneis que permitem percorrê-la com alguma rapidez e sem a obrigatoriedade das curvas e contracurvas ou das subidas e descidas tão características da maioria das estradas nela existentes. Digamos que disponibiliza dois tipos de vias completamente diferentes que se complementam muito bem consoante os objectivos da deslocação.
Comecemos pelas zonas mais montanhosas, relevos belos e majestosos com encostas abruptas e vales profundos. Aqueles lugares onde nos sentimos mais perto do céu, do sol, das nuvens/nevoeiros e palco de magníficas paisagens. Alguns dos percursos destas férias foram centrados nessas zonas de maior altitude, sendo que um deles nos permitiu chegar ao Pico Ruivo, o mais alto da ilha com os seus 1862 metros.
Muitas destas elevações são solo da típica floresta laurissilva já referida no post anterior. Noutras regiões encontramos bosques formados por grandes árvores, vastas zonas de mato, prados para pastagens, etc.
Na vertente sul especialmente, as bananeiras são rainhas e estão presentes em qualquer recanto ou quintal, muitas vezes plantadas em socalcos devido ao declive do solo.
Na foto que se segue, tirada de um miradouro localizado a oeste da Madalena do Mar (uma vila com um nome que eu considero lindíssimo!), é bem perceptivel a vasta área cultivada com bananeiras e como essa cultura penetra todos os instertícios de solo disponível.
A periferia da ilha caracteriza-se por uma costa norte mais escarpado apesar da arriba mais alta e vertical se encontrar a sul, no cabo Girão.
As fajãs e enseadas vão pontuando aqui e ali esse encontro da terra com o mar, através de uma linha de fronteira onde impera o negro calhau rolado e a espuma branca do mar. A forma de aceder a algumas dessas fajãs que nasceram na base de grandes arribas é unicamente por teleférico ou, muito dificilmente pelo mar.
As praias existentes na linha de costa são maioritariamente em calhau rolado, sendo poucas as que foram privilegiadas com a macieza da areia. Uma delas aceitou inclusivamente areia clara do deserto marroquino como forma de se embelezar e agradar.
A escassez de áreas de banho confortáveis e seguras levou ao aproveitamento de espaços existentes entre rochas a fim de se criarem piscinas naturais ou semi-naturais. Algumas, diga-se em boa verdade, são bem apetecíveis.
Seja no interior ou junto ao mar, as cidades e vilas pontuam o espaço, por vezes de uma forma muito harmoniosa. As igrejas e suas torres, sempre presentes, simbolizam aquele lugar de fé, de encontro e de ligação com algo superior. Uma fé que pode ter formas bem opostas de se materializar, como revelam as duas ultimas fotos do bloco de imagens que se segue.
Quando os lugares oferecem olhares especiais e a beleza transpira em cada recanto, os miradouros nascem quase naturalmente em lugares estratégicos para que essa beleza possa ser usufruída. É desta forma que volto à imagem que inicia este post e captada num dos miradouros mais bonitos da ilha da Madeira, o miradouro da Portela.
Outras imagens hoje publicadas foram igualmente captadas nesses lugares de amplo alcance. Sendo a Madeira uma ilha, o mar está quase sempre presente como oferta adicional. Azul, profundo, infinito….e normalmente com algumas nuvens por companhia!
A Madeira vive na vizinhança de outras ilhas: a nordeste o Porto Santo e a sudeste as Desertas, estas últimas classificadas como Reserva Natural e, na realidade, uma espécie de prolongamento da península de S. Lourenço localizada no extremo oriental da ilha principal. A separá-las, alguns quilómetros de mar azul.
É com esta região que termino o post de hoje. Na verdade, as ilhas Desertas pousaram amiúde no nosso olhar… mas não são visitáveis. Já a aridez da Ponta de S. Lourenço foi parcialmente calcorreada num passeio que contrastou profundamente com o verde, a água e a humidade tão presentes nos restantes dias e percursos.
Diria que a beleza desta zona está na sua vastidão, no tipo de relevo, na geologia…e no facto de ser diferente. E fez-nos sentir que o contraste é sempre uma boa forma de valorizar cada um dos lados!
Voltarei à Madeira com outros detalhes!
Mar
emoção
pleno de vida
grávido de ondas e energia
reflexo do meu coração.
Ondas crescentes
acariciam o mar azul
invadem o meu corpo
penetram os meus sentimentos.
Depois de tanta ternura
a alegria da explosão,
na pele do mar vivi
o gosto da aventura!
Numa fusão entre águas
dilui-se a espuma no azul sereno,
alimentando o sonho eterno
dos amores que não deixem mágoas.
Percorro o mar
com este finito olhar,
afago invisível
leve
e transparente
que o horizonte atrai
e guarda simplesmente!
Como uma onda rasteira
que alimentou a areia
envolta em maresia
e na paz da maré vazia…
…assim há momentos na vida
que mantêm a alma unida,
acariciando corpo e mente
numa paz sempre presente,
Profundamente.