
O dia 25 de Abril de 1974 sempre passou pelo Discretamente e este ano não poderia fugir à regra pela importância desse evento na sociedade portuguesa.
Enquanto ponderava sobre o assunto e sobre as suas palavras chave – ABRIL e LIBERDADE – percebi que todas as letras da primeira fazem parte da segunda.
Que curioso, pensei….posso ir por aqui…
Entretanto ainda constatei que esta coincidência de letras não se poderia repetir em nenhum outro mês do ano. Se, sonoramente, Abril é o mês-palavra mais “livre e voador” do ano (ideia que já partilhei convosco num post recente), graficamente não tinha percebido que Abril existe em Liberdade… que as palavras “encaixam” uma na outra… e, por isso, intrinsecamente ligadas.
Não sei qual o motivo exacto que levou os militares portugueses a escolher precisamente o mês de Abril para fazer esta revolução. Provavelmente um misto de questões tácticas, meteorológicas, contexto político, urgência nacional, etc.,
Mas, “poeticamente” falando, terão pensado que “Abril” vive em “Liberdade”? Se sim, será ainda mais maravilhoso o que fizeram. Se não o pensaram, outros provavelmente já o fizeram. Ou não.
Tudo isto são apenas divagações sobre algo bem maior que aconteceu nessa data.
Pessoalmente, nunca esquecerei que foi esse longínquo dia de 1974 – tinha eu apenas 16 anos e muita ignorância dentro de mim – que permitiu…
… libertar os que lutaram e sofreram em prol da liberdade
… valorizar os que morreram pela mesma causa
… a possibilidade de todos votarem em eleições livres
… liberdade de expressão e de circulação
… igualdade de direitos
… acesso a um infinito número de novas oportunidades
… etc,.
…
Apesar de todos os desequilibrios que existem e do bom senso que ainda não conquistamos, foi um dia fundamental para a sociedade que hoje somos. E isso é que é realmente importante.