Um novo mês…
…e literalmente uma nova folha na minha vida!
Sempre que início uma nova página no livro de ponto que diária e obrigatoriamente tenho que assinar como funcionária do estado, penso: como estarei quando preencher a última linha deste mês?
Pergunta sem resposta, porque o futuro não tem resposta. Apenas possibilidades.
Cada linha está dividida em células, sendo quatro as que me são concedidas em cada dia. Quatro células com tempo…e algumas ideias fantasiosas…
…certamente que o tempo, algo tão volátil e indomável, se deve sentir amarrado e comprimido dentro de cada uma daquelas células…
…sempre que rubrico uma célula, meto-me com o tempo…talvez, até lhe faça algumas cócegas com a caneta…
…e nesse momento silencioso por vezes “ouço”: Ok, Dulce, agradece, este tempo já é teu!
E a Dulce agradece!
– De uma forma mais ou menos tranquila no momento em que rubrico a primeira célula no início de cada mês, como hoje aconteceu mais uma vez;
– E de uma forma bem mais agradecida, ao rubricar a última “célula de tempo” de um mês que termina, como ontem sucedeu…
Nos restantes dias, encaro pontualmente aquele livro e as suas páginas com este pensamento: “Se a Vida o permitir, que surpresas me reserva o “tempo escondido” em todas estas células ainda “virgens”?
Ou nas páginas ainda por preencher?
Ou…em futuros livros?
(…a imaginação é a melhor forma de lidar com as “grilhetas” de um livro de ponto!!)