
Entre o frio exterior
e este doce calor,
uma janela…
…e um vidro transparente!
A uni-los,
o Sol,
luminosos raios de Sol!
Luz que trespassa vidros
…aquece
…transforma
…une
…dá vida
…visita
…energia pura
e eternamente gratuita!!

Entre o frio exterior
e este doce calor,
uma janela…
…e um vidro transparente!
A uni-los,
o Sol,
luminosos raios de Sol!
Luz que trespassa vidros
…aquece
…transforma
…une
…dá vida
…visita
…energia pura
e eternamente gratuita!!
Ao sol pedi…
…aquece-me
Ao vento…
…leva-me
À chuva…
…refresca-me
Ao amor…
…abraça-me
E por fim,
à Natureza e à Vida…
…tudo agradeci!
(…inclusive o menos bom, mas que sempre vale de aprendizagem!)
Hoje, ao fim da tarde, o céu ofereceu este espectáculo a quem se encontrava na zona oeste/ noroeste da cidade de Lisboa. O sol e as nuvens brincaram e criaram um segmento de arco-iris que se abriu numa espécie de portal … triangular … e estrategicamente localizado.
Não sei se a natureza quereria dizer algo a estes estranhos tempos. Talvez sim. Ou talvez não.
Eu prefiro pensar que sim!
Como este fenómeno começou e evoluiu:
Depois… rapidamente terminou!
E eu agradeci!
Por muito criativas que sejam os milhares de rotundas de circulação rodoviária existentes neste país, nenhuma até agora me cativara o suficiente a ponto de lhe dar duas voltas a pé para apreciar e fotografar o espectáculo que me oferecia.
Esta rotunda tem meia dúzia de árvores plantadas, vivendo o restante espaço da dinâmica das estações do ano. Diria que é um círculo de terra gerido pela natureza onde naturalmente ela expõe a sua criatividade, sem qualquer interferência humana.
Este ano a Primavera pintalgou-a de várias cores, mas é o vermelho das papoilas que impera fortemente.
Hoje vou olhar apenas para estas flores silvestres e para a sua cor, beleza, força, simplicidade e fragilidade. E para a atracção que exercem sobre muitos de nós, atracção que eu penso vir exactamente desse misto de sentires quase opostos que nos proporciona, como é a força da cor versus a fragilidade da flor.
Primeiro atrai-nos pela cor, pelo vermelho da paixão e das emoções fortes. E depois pela fragilidade com que reage a qualquer aragem e pela aparente vulnerabilidade. Essas sensações desencadeiam naturalmente uma vontade de aproximação e de protecção… originando em nós um olhar bastante emocional e afectivo.
A par da cor e da fragilidade, também a expressividade é evidente. Manifesta-se especialmente nas hastes que seguram os botões das futuras flores, exprimindo um misto de submissão e saudação ao olhar que nelas pousa. Como se tivessem a dizer um tímido e silencioso olá…
O próprio nascimento da flor é quase “humano” e muito “orgânico”. As pétalas nascem amarrotadas, frágeis, inseguras e quase pedindo que cuidemos delas.
Será a própria brisa/vento a que são tão sensíveis que as ajudará a desabrochar, a alisar …e a fortalecer a personalidade. E então, em plena maturidade, brincam com o sol, abrem-se para os insectos e dançam ao sabor do vento que as abana… inclina… quase dobra…mas não quebra. Orgulhosamente elas resistem, continuando a alimentar muitos olhares e também o nosso imaginar.
Foi tão fácil encontrar uma papoila-borboleta a voar!
Terminado o tempo da dança e desta estação do ano, o vento levará uma pétala…outra cairá…e outras secarão E ficará a essência, materializada no ovário e nas sementes, qual útero que as próximas estações ajudarão a abrir…a dispersar…e que daqui a um ano voltarão certamente a dar cor e beleza a este lugar!
Como complemento, falta dizer que esta rotunda situa-se no extremo oeste da Avenida de Portugal, em Carnaxide, nos arredores de Lisboa.
Ontem voltei a visitá-la, tem ainda mais papoilas e está simplesmente magnífica! E hoje, neste Dia da Mãe, algumas vieram à pouco ter comigo pela mão da minha filha. Para tentar secar e guardar com todo o carinho!
Branca
é a luz
que ofusca
o olhar…
…são os raios
de sol
e o nevoeiro
a brincar!
De quatro em quatro anos um rasgo no tempo deixa entrar mais um dia, o 29 de Fevereiro, a fim de ajustar o nosso calendário ao movimento de translação da terra. Estamos perante um dia que só voltará a dar um ar da sua graça 1460 dias depois e por isso, talvez um tempo com problemas de identidade ou, pelo contrário, talvez demasiado seguro e confiante por ser diferente dos demais.
Sendo o primeiro 29 de Fevereiro que visita discretamente este blog, não poderia deixar de marcar o evento e dar-lhe alguma atenção. Neste recanto de Portugal onde vivo, ele nasceu bastante mal disposto, cinzento e muito chuvoso. Talvez por uma questão de adaptação a uma situação que é para ele tudo menos rotineira…
Mas tudo passa na vida e também no humor do tempo, pelo que a perspectiva é de alguma melhoria, esperando-se que as restantes horas deste dia incomum se espreguicem por um céu entre o azul, o sol e as nuvens.
Gostaria de voltar a referi-lo daqui a quatro anos. Significaria que tanto eu como o blog persistíamos no tempo… que eu me estaria quase a aposentar… que……que…….e que…
Entretanto…
…vou à vida para aproveitar as horas que o relógio ainda me oferece neste dia!
Um bom 29 de Fevereiro para todos!
Lisboa e o Tejo viram hoje nascer o dia…
…entre nuvens e reflexos…
…entre cinzentos e azuis…
…e numa intranquila calmaria!
Estava lindo!
Lisboa é apenas um ponto neste mundo.
Um ponto de um mundo simultaneamente belo e cheio de absurdos, de um mundo gerido por alguns leaders voluntariosos, perigosos, que não respeitam acordos assinados, sem noção dos efeitos das suas acções e com uma evidente falta de bom senso.
Entretanto o sol continua a nascer todos os dias.
Eu tenho a felicidade e o privilégio de tranquilamente poder apreciar esse momento neste ponto do mundo, no meu país, em segurança e em paz.
Muitos não.
A brisa toca a pele
que o sol aquece…
num leve afago
de energia
luz
e ar…
ventura
que o corpo recebe
com ternura…
e agradece
num interno abraçar!
… nos dias mais quentes surgidos entre os frescos e os chuvosos da Primavera que hoje termina;
… na luz do sol que bem cedo invade todos os recantos das nossas casas e teima em nos acordar;
… no dia em que olhamos para o roupeiro e decidimos trocar o vestuário mais quentes por outro mais fresco;
… naquele dia primaveril com sabor a Verão em que voltamos à praia e a sentir o prazer da areia morna em nossos pés;
… na crescente e irrequieta vontade de exterior que nos invade;
… no degustar das primeiras sardinhas assadas da época, de preferência numa esplanada e em boa companhia;
… no prazer daquele gelado saboreado num dia mais quente;
… e ainda, logo no início de Primavera, quando é necessário decidir as datas a inscrever no mapa anual de férias…
…ou, a partir daí, quando as incursões pelo Google Maps começam a ser frequentes a fim de planear essas férias!
Contudo, apenas às 16h 54m de hoje, 21 de Junho de 2019, o Verão chegará oficialmente à nossa pele… sentidos… energia… vida… desejos… calendário…etc, neste que é o dia com mais horas de luz no hemisfério onde habito.
Inspiremos esta energia com pensamentos positivos e construtivos, de tolerância pela diferença e de um profundo respeito pela natureza.
Ao entrarmos num período propício a um contacto mais próximo com o exterior e com o ambiente, temos o dever e a obrigação de estar mais atentos e de não contribuir para o agravamento dos problemas que infelizmente ele revela.
Desejo a todos um excelente e consciente Verão!
(e um aconchegante Inverno para os meus leitores do hemisfério sul!)