terra

Somos um belo ponto que circula neste imenso e infinito espaço que certamente aconchega muitos outros belos pontos.

Atempadamente e com a maior urgência cuidemos deste ponto em sofrimento, especialmente nos 364 dias que não são o Dia Mundial da Terra!

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verão

Olho amiúde para o céu….sol….lua…ou estrelas que este meu olhar abarca….e ainda para este chão que me recebe e onde me agarro por umas raízes invisíveis e penso:

Como pode esta “bola gigante” – e ainda por cima ligeiramente achatada e inclinada – que roda sobre si a 460 m/segundo (na zona do equador) e circula em volta do sol a uns incompreensíveis 30 Kms/segundo……não perder o “tino” e a orientação e, com uma precisão impressionante permitir calcular os fenómenos/ciclos daí resultantes e que se repetem dia-a-dia, mês-a-mês, ano-a-ano…

…como o nascer e o pôr-do-sol … os eclipses… ou as estações do ano…

Foi precisamente às 04h 32m da madrugada de hoje que começou mais um Verão neste hemisfério norte onde estão as minhas virtuais raízes. Significa que esta metade do planeta terá o seu dia mais longo, que vai receber mais intensamente os raios solares e que naturalmente iremos adaptar os nossos dias e o nosso corpo a essa circunstância. Assim como a nossa mente, que logo desliga um pouco da rotina e entra de certa forma em “tempo de férias” e de vontade de descanso.

Somos simultaneamente assistentes e participantes desta harmonia/sintonia do Universo, algo pouco consciencializado pela maioria de nós na rotina dos dias, mas algo imenso e quase mágico que, só por si, deveria ser suficiente para que o termo ”respeito” estivesse na base de todas as nossas atitudes e decisões.

E neste respeito incluo o que deveremos ter com esta “bola gigante” em todas as vertentes com ela relacionadas….mas igualmente o respeito entre nós, humanidade que a habita, porque realmente não somos mais do que uma ténue “poeira” espalhada sobre ela.

Essa é uma verdade que esquecemos vezes demais.

A todos, neste dia de solstício, desejo o melhor Verão (ou o melhor Inverno)!

a terra… e o livro!

Imaginemos o Livro do planeta Terra…de formato gigante…infinitas páginas e conteúdo imenso. Seria em tons verde-azul de beleza única…mas já com áreas de sofrimento e destruição.

Demasiado maltratado pelos que o usam e dele abusam, revela danos, falhas e desequilíbrios crescentes, muitos já impossíveis de salvar, restaurar e reverter. Uma dor de alma para os mais atentos.

Mas a Terra continua bela. E o Livro frágil…

Perante tal realidade, está na mão de cada um dos quase oito biliões de humanos que a Terra sustenta, alimenta e dá vida neste minúsculo ponto do Universo, de tratar cuidadosamente das páginas desse gigante livro. Será aí, através das nossas escolhas, acções, cuidado, erros ou indiferença, que escreveremos, ou não, a possibilidade de futuro. Daquele futuro que todos desejamos para as gerações que nos seguem….e para os nossos filhos e netos!

Sendo hoje, 22 de Abril, o Dia Mundial do Planeta Terra e amanhã o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor…os dois decidi juntar, porque ambos são suporte e sabedoria, em ambos fluem histórias e a vida vai acontecendo e sendo partilhada. Ambos merecem respeito e atenção, mais não seja pelo facto de nos permitirem crescer e serem reservas de experiência e de conhecimento.
(Desenho e texto de Dulce Delgado)

um ponto imenso

 

 

Tal como eu, que já o conheço há algum tempo, muitos de vós já visualizaram certamente este vídeo. Contudo, revê-lo de vez em quando é sempre um momento interessante porque nos relembra e recoloca no nosso devido lugar.

Cientificamente pode ter falhas, mas sinceramente creio que tal não é importante. Ele vale como um todo e pela mensagem que encerra…

…por um lado, ao recordar humildemente a nossa verdadeira dimensão e vulnerabilidade neste infinito espaço que nos cerca e, de uma forma mais indirecta, ao levar-nos a questionar o que somos, os nossos valores, atitudes e o que construímos como sociedade;

…por outro, coloca-nos perante o fantástico e maravilhoso universo que é a Vida existente na Terra, escolhendo o nosso corpo como exemplo dessa vida;

…e por último, intrinsecamente ele revela as capacidades que caracterizam o espírito humano, tendo por base a curiosidade, a criatividade, o conhecimento e a tecnologia. Sem elas, este vídeo simplesmente não existiria.

Ele é sempre uma boa viagem para o pensamento!

 

 

(Desconheço a autoria do vídeo)

 

 

 

planeta azul

 

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Há memórias de infância que ficam bem guardadas, talvez pela ingenuidade a que estão associadas. Recordo pensar que, se fosse caminhando sempre em frente, chegaria a um ponto em que o chão acabava e haveria um enooooorme precipício para o qual poderia espreitar. Essa ideia era assustadora, mas simultâneamente fascinante.

Depois, quando percebi que a terra era redonda, surgiu outra dúvida e esta talvez ainda maior: como é que as pessoas que estavam no outro lado da bola não caíam?

A ida para a escola esclareceu naturalmente estas interrogações silenciosas que me habitavam. Também o aparecimento em casa de um globo terrestre onde o meu país quase não se via contribuiu para a ideia ainda em formação sobre a real dimensão do planeta.

Contudo, creio que a grande tomada de consciência aconteceu já em adulta quando saí de Portugal pela primeira vez e levei duas horas e pouco para percorrer de avião os 2000 kms que separam Lisboa de Paris…ou seja, percebi que precisaria de 20 viagens iguais para dar a volta aos 40 mil quilómetros do perímetro da terra. Esta constatação, sentida na pele e acompanhada pelo olhar que não saía da janela do avião, foi algo de magnífico e inesquecível.

O tempo passou…

Apesar de ainda não ter viajado para além das fronteiras da Europa, a dimensão, características e beleza do nosso planeta fascinam-me totalmente e geram em mim um enorme respeito. Mas igualmente dor e tristeza pela forma como nós, simples convidados, temos maltratado este nosso anfitrião.

Hoje é o Dia Mundial do Planeta Terra.

O dia daquele planeta azul que nos acolheu neste infinito Universo…. e que as tecnologias como o Google Maps ou o Google Earth permitem “controlar” com um cursor e percorrer de lés a lés apenas com um click. Maravilhoso, sem duvida.

Mas também é o dia daquele pedaço de terra que eu imaginei “terminar num precipício”….uma imagem-metáfora que ninguém deseja, mas que já esteve bem mais longe de se tornar realidade.

 

 

Imagem retirada de http://institutoecoacao.blogspot.com/2017/04/dia-22-de-abril-dia-internacional-do.html

 

 

 

girando…

 

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Por vezes os pensamentos giram em turbilhão na nossa mente; noutros momentos basta um, apenas um, para ela entrar em agitação e ficar perturbada. São uma realidade na nossa vida e, seja numa situação ou na outra, ambas são passíveis de gerar desequilíbrios no nosso dia-a dia.

Enquanto isto…

…vivemos sobre uma bela esfera que roda a uma velocidade média de 465m/segundo, o que significa que percorre 1 674km numa hora e aproximadamente 40 075 km num dia para quem está situado perto da linha do Equador. Esta inconcebível velocidade a que em cada momento somos deslocados, acontece ao mesmo tempo que respiramos… andamos…trabalhamos… dormimos…comemos…amamos… rimos…choramos….ou pensamos!

Ou seja…

…sentimos por vezes dolorosamente, no corpo e na alma, a agitação e as perturbações provocadas pelo acto de pensar, apesar de um pensamento ser algo tão inconsistente, imaterial e subtil….e não nos apercebemos minimamente da velocidade supersónica a que em cada instante rodopiamos pelo Universo, na superfície deste frágil grão de areia.

E então penso: como tudo é tão, mas tão relativo nesta nossa existência! Porque, num mesmo momento conseguimos ser hipersensíveis a um simples pensamento e totalmente indiferentes ao turbilhão que nos envolve e de que fazemos parte!

 

(Estes pensamentos rolaram…a propósito do Dia da Rotação da Terra que hoje se comemora)

 

 

 

a agenda…

agenda

No primeiro dia de Janeiro de 2018, vivi mais uma vez o ritual da nova agenda. Em papel, como gosto. Agenda escolhida com cuidado, com espaço suficiente para registar o que o futuro gostará de saber, seja algo emocionante ou inquietante…

…há dados que se mantêm todos os anos, como aniversários e outras datas que a memória poderia esquecer. Mas outros existem que a agenda recebe, com surpresa, e curiosa de entender;

…uma agenda do passado tem sempre razão porque, quando era presente, recebeu verdades neutras ou cheias de emoção;

…aconchegada entre agendas guardo numa gaveta uma boa parte da minha vida. Um recanto de memórias que não voaram com o tempo, muitas vezes úteis, por vezes inúteis, mas sempre uma fonte de histórias;

…estranho… é não saber se uma agenda chegará ao fim… ou se haverá uma próxima esperando por mim!

 

Voltando a esse dia e a esse ritual que aprecio …

…diria que preparar uma agenda para um novo ano é um momento solitário vivido num dia essencialmente de alegria e de convívio. É um tempo partilhado com algo que receberá diariamente a minha atenção e o meu olhar, passará pelas minhas mãos e guardará alguma da minha energia. Tranquilamente e sem contestar;

…é uma forma objectiva e peculiar de dar as boas-vindas ao “tempo novo” e “em branco” que me é oferecido, mesmo sem ser pedido;

…revela-se como um dos momentos interessantes de olharmos a nossa Vida como algo especial e bem mais abrangente que os 365 dias que supostamente temos pela frente. Porque, sendo cada um de nós um pequeno microcosmos e um pouquinho da energia que forma este Todo, material e imaterial, temos o dever e a obrigação de tentar o mais possível estar em sintonia com as energias e com a “agenda” deste tão amplo Universo.

 

Que outro sentido e objectivo poderiam ter o Tempo, e a nossa Vida, senão esse?

 

 

 

depois do outono…

 

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Lisboa despede-se do Outono com um tranquilo nascer do dia. E com sol aquecerá a chegada do Inverno, hoje, às 10horas  e 44 minutos.

Somos ínfimas partículas no contexto cósmico. Somos quase nada. Mas a verdade é que temos o privilégio de fazer parte do Universo e destas suas dinâmicas. Eu sinto-me grata por isso!

Um doce inverno para todos!