
Entre o frio exterior
e este doce calor,
uma janela…
…e um vidro transparente!
A uni-los,
o Sol,
luminosos raios de Sol!
Luz que trespassa vidros
…aquece
…transforma
…une
…dá vida
…visita
…energia pura
e eternamente gratuita!!

Entre o frio exterior
e este doce calor,
uma janela…
…e um vidro transparente!
A uni-los,
o Sol,
luminosos raios de Sol!
Luz que trespassa vidros
…aquece
…transforma
…une
…dá vida
…visita
…energia pura
e eternamente gratuita!!
A buganvília que vive em minha casa floresce quando lhe apetece. Este ano o Outono também foi tempo de floração, enchendo de cor o espaço que habita junto a uma janela. Porém, nesta altura do ano essa janela é muitas vezes fechada devido ao frio e à chuva, o que lhe causa certamente alguma tristeza como planta de exterior que é.
Foi esse o sentimento que esta imagem despertou em mim, num dia cinzento, frio, chuvoso… e de janela fechada! Fiz-lhe um afago e pensei “Ok…se floriste no Outono e o crescimento não parou…não pode ser grave! Há dias assim!”.
Novo pensamento:
A chegada do Inverno ao hemisfério norte neste ano totalmente atípico e de menos afectos, levará provavelmente a uma maior interiorização, a mais momentos de melancolia e a uma evidente diminuição da energia.
Apesar da meteorologia ter muita influência nesse processo, creio que este ano será sobretudo a pandemia a funcionar como “algo invisível e frio” que nos afasta do mundo e impede o calor humano.
Recorrendo a uma metáfora e à imagem acima diria que, tal como a minha buganvília, também nós…
…estamos perante uma “barreira invisível” e limitativa que nos separa do mundo
…o cansaço dessa situação leva a momentos de alguma tristeza
…apesar desse cansaço, continuamos a encontrar energia para viver e lutar
…sabemos que no outro lado dessa barreira estará uma saída e a liberdade
…que a esperança é algo poderoso e que a mudança sempre acontece
…e que a “janela”, mais tarde ou mais cedo se abrirá novamente!
E é com esta imagem que mistura tantos sentimentos que vos desejo um Inverno de esperança, de resiliência e apesar de tudo, sempre de gratidão!
Semelhante desejo dirijo aos meus leitores do hemisfério sul que hoje receberam o quente Verão…mas seguramente com alguns sentimentos análogos aos descritos!
Sopra forte
o vento norte.
Força o vidro
assobia na fresta
e esperançoso,
espera.
A janela
sente a corrente,
mas mostra-se indiferente…
Que pena,
pensa o vento,
é tão bela e transparente!
Que pena,
pensa a janela,
que bom seria ser vela
enfunar
e loucamente viajar
ao sabor deste vento!