Observar
pensar
imaginar
criar
e muito relacionar,
é algo
naturalmente meu.
Por vezes
esse modo de ser
pesa,
apetecendo simplesmente
desligar…limpar…
e estar,
apenas estar
e ser
sem nada sinalizar
absorver
ou registar,
sendo apenas pele
e palco
de instantes sem eco
de instantes toca e foge…
Possível?
Não…sim…não sei….difícil…
E penso:
Talvez…
…talvez este sentir
seja uma oferta,
um pequeno dom
que se colou
ao meu ser
como uma segunda pele,
algo que me envolveu
envolve
será sempre meu
e que muito agradeço.
Mas tal não impede
de sentir cansaço
e em certos momentos
apenas desejar
estar
olhar sem ver
não captar
não relacionar
não imaginar…
…ser básica
ser simples
e ser linear!
Beautiful! Love the subtle, diagonal gradient in the sky.
LikeLiked by 1 person
I agree with you, I also really like the tones and simplicity of the image. Thank you!
LikeLiked by 1 person
Dulce que linda foto. Suas palavras me fizeram refletir:
A sensibilidade tem os dois lados. As vezes nós preferiríamos não sentir tanto, pois absorvemos as dores do mundo …..em outros momentos ela nos ajuda a nos conectarmos com as pessoas e isso nos faz bem.
Este estado de “apenas ser” sem “absorver” é muito importante pois é um momento em que nos conectarmos com nossa essência, é nosso estado original, natural. Acredito que quanto mais vezes conseguimos este ponto de “apenas ser” mais recuperamos as energias perdidas.
Adorei a reflexão que me proporcionou. Abraços
Catarina.
LikeLiked by 1 person
É tudo isso que a Catarina expressou tão bem e que complementa o meu poema. Nem sempre é facil equilibrar o que sentimos com o que somos. Por vezes sentimos demais e não precisamos disso….
E assim, entre equilibrios e desequilibrios vamos vivendo. E isso é bom, pois no mínimo significa que estamos vivos…. e atentos!
Muito obrigada Catarina e um dia feliz!
LikeLiked by 1 person
Feliz dia!
LikeLiked by 1 person
Tão bonito! A imagem e a mensagem. Debato-me com esse sentir que me faz tantas vezes muito feliz e noutras causa dor. Perdoem os homens seguidores do seu blogue, até porque nada é generalizável, mas será que por sermos mulheres sentimos tudo em excesso?? Bom resto de semana Dulce!
LikeLiked by 1 person
Talvez Antónia, não sei bem…
Mas o facto de sermos menos racionais… menos objectivas…. e as “gavetinhas” que nos habitam a cabeça não serem tão individualizadas como as dos homens , talvez torne tudo em nós mais sentido e intenso. Misturamos sentires e sensibilidades…
Somos como somos, eles e nós, não é? Haja comunicação, o fundamental para que nos equilibremos com as nossas diferenças.
Obrigada e ainda bem que apreciou!🌼
LikeLiked by 1 person
Que bonito Dulce!
Não sei se é estranho, mas de alguma forma me identifiquei no seu poema… É um querer ir, querer ficar, ser e por vezes não ser…
Gostei muito e já o li mais que uma vez!
O Discretamente foi um pouso para mim durante algum tempo!
LikeLiked by 1 person
Fico muito contente com essas suas palavras e por ter sentido alguma afinidade com as minhas e com este sentir não muito fácil de exprimir. Contudo, constato que consegui dizer o que queria e que foi compreendido.
Muito obrigada e desejo um bom resto de semana!🙏🌻🌞
LikeLiked by 1 person
O mais difícil é ser linear…
LikeLiked by 1 person
Pois….daí não passar de um desejo…
Obrigada e um dia a gosto!🌞
LikeLiked by 1 person
Creio bem, Dulce, que qualquer um de nós que a lemos, sentimos isso: o benefício de saber apreciar com os sentidos e a razão aquilo que nos foi dado; suponho, como Aristóteles, que a razão está já no olhar e no próprio sentir humanos. Talvez haja – decerto haverá – quem não pense muito sobre, não se debruce para o pormenor e suas maravilhas. Que está ali sem nós, existência simples de oferta a quem não apenas passa. Não está por nós e transpira o profundo mistério da existência de todas as coisas que apenas estão, cegas de inteligibilidade. Dir-se-ia que só o pensado existe verdadeiramente. Quem se isenta da impressão do objecto e não o vê à luz da razão, é como cego. Pergunto-me se chega a existir em plenitude isso que nem os olhos registam, ou de que se ignora a importância.
LikeLiked by 1 person
Certamente que os filósofos sempre apreciam e apreciaram estes conceitos e temáticas. É a praia deles…
Olhar/captar/pensar/relacionar constantemente…cansa. Essa é uma realidade. Mas como desligar se os “sensores” estão sempre a captar? E como passar ao lado e não ver?………………..
Obrigada pelo seu tempo e disponibilidade para divagar sobre o meu “ser…não ser”!
Desejo um dia bem tranquilo! 🌼
LikeLike
Olhar sem ver, exatamente. Também creio que, em determinados momentos, isso é tudo o que precisamos. Dá leveza!
LikeLiked by 1 person
Mas bastante dificil, acrescente-se…
Obrigada e desejo um bom fim-de-semana!
LikeLike
Lindo!! E tão simples! 🙂
LikeLiked by 1 person
Obrigada filhota!🙏🧡
LikeLike
This made me smile, Dulce. It is as if you felt weary of having your gifts. I can understand though – when you’re very sensitive and you tend to think about life a lot, there is so much “data” to process all the time. It would be refreshing to get rid of all the “echoes” that come with being sensitive for a little while. Sometimes meditation can do that, I think. And standing a long time in a good, hot shower! 🙂
The photograph is beautiful
Thank you for all your gifts, including this one.
LikeLiked by 1 person
Yes, there are moments of tranquility that help us “switch off”… but sometimes what I really wanted was to be able to switch off from day-to-day life… not seeing… not thinking… being indifferent… .but I can not.
Yes, human beings are complex…and I am complex too…😉
Thank you!
LikeLiked by 1 person