
instantes #53

….não resisti a parar na praia de Algés e a registar o dinamismo das nuvens num céu em “desvario”. Sob ele, pelo contrário, o rio Tejo corria muito tranquilo, apreciando o espetáculo e reflectindo o que via.
Depois de um dia de trabalho é importante sabermos parar…respirar…e agarrar aqueles momentos que não fazem parte da rotina.
Este soube muito bem!
Voando pelo tempo
eu vou,
planando ou batendo asas
e sentindo o vento
que sou.
Por vezes tropeço
nos sonhos
e foge-me o arco-íris,
então rodopio hesitante
na verdade do tempo
e do instante.
Ele não pára…
…o tempo,
e eu continuo
a avançar
sem meta onde chegar.
Nesse caminhar eu sigo
mais ou menos tranquila,
tentando inspirar
apreciar
aprender
e aceitar,
o que a Vida tem para dar!
Hoje, ao fim da tarde, o céu ofereceu este espectáculo a quem se encontrava na zona oeste/ noroeste da cidade de Lisboa. O sol e as nuvens brincaram e criaram um segmento de arco-iris que se abriu numa espécie de portal … triangular … e estrategicamente localizado.
Não sei se a natureza quereria dizer algo a estes estranhos tempos. Talvez sim. Ou talvez não.
Eu prefiro pensar que sim!
Como este fenómeno começou e evoluiu:
Depois… rapidamente terminou!
E eu agradeci!
Lisboa e o Tejo viram hoje nascer o dia…
…entre nuvens e reflexos…
…entre cinzentos e azuis…
…e numa intranquila calmaria!
Estava lindo!
Se o nascer do sol é um instante que a orientação da minha casa sempre permite acompanhar, já o seu ocaso apenas é visível nos dias mais curtos do ano.
Nos restantes, a presença de um alto edifício impede tal visão, pelo que a imaginação tem um papel importante no seu entendimento, que se baseia apenas na forma como o céu e as nuvens ficam iluminados.
Ontem, dia 11 de Abril, ao ir à janela ao fim do dia, senti que estava num filme de ficção científica ao me deparar com a imagem acima. Imediatamente visualizei uns seres gigantes e alongados olhando para a terra e aparentemente “congeminando” um forma de aproximação ao nosso planeta….
Fiquei encantada com a visão….e rindo de mim própria pela forma como a imaginação pode ser prolifera a criar cenários e histórias.
A máquina fotográfica registou de imediato o momento, bem diferente do observado no dia anterior, como poderão verificar no final deste post.
A diferença entre estas duas imagens é abismal e revela bem a diversidade de olhares que nos são oferecidos pela natureza quando estamos disponíveis para os encontrar.
Além disso, as rotinas de todos os dias ficam mais leves com estes detalhes a intervalar!
Desejo que o fim-de-semana seja doce e vos proporcione bons momentos e muitas surpresas no olhar!
Os passageiros que nesta quarta-feira aterraram no aeroporto de Lisboa antes do nascer do sol, foram recebidos de uma forma singular.
A dispersão de nuvens pelo vento “derramou” numa faixa de céu e sobre os aviões que aí passavam um véu fluído de luz, minúsculas gotas de água e energia.
Seria apenas um banal fenómeno atmosférico resultante do interagir de alguns elementos da natureza, mas…..porque não o ver e sentir como algo especial, como uma espécie de graça, bênção, ou algo do género?
Ou como uma forma diferente de dar as boas-vindas e desejar uma boa estadia?
Ou um bom dia?
Ou…apenas uma boa aterragem…
Foram esses os pensamentos que nasceram do meu sentir perante tão magnífica visão.
E silenciosamente, tudo isso desejei aos desconhecidos daquele avião!