
instantes #68

….não resisti a parar na praia de Algés e a registar o dinamismo das nuvens num céu em “desvario”. Sob ele, pelo contrário, o rio Tejo corria muito tranquilo, apreciando o espetáculo e reflectindo o que via.
Depois de um dia de trabalho é importante sabermos parar…respirar…e agarrar aqueles momentos que não fazem parte da rotina.
Este soube muito bem!
Voando pelo tempo
eu vou,
planando ou batendo asas
e sentindo o vento
que sou.
Por vezes tropeço
nos sonhos
e foge-me o arco-íris,
então rodopio hesitante
na verdade do tempo
e do instante.
Ele não pára…
…o tempo,
e eu continuo
a avançar
sem meta onde chegar.
Nesse caminhar eu sigo
mais ou menos tranquila,
tentando inspirar
apreciar
aprender
e aceitar,
o que a Vida tem para dar!
Hoje, ao fim da tarde, o céu ofereceu este espectáculo a quem se encontrava na zona oeste/ noroeste da cidade de Lisboa. O sol e as nuvens brincaram e criaram um segmento de arco-iris que se abriu numa espécie de portal … triangular … e estrategicamente localizado.
Não sei se a natureza quereria dizer algo a estes estranhos tempos. Talvez sim. Ou talvez não.
Eu prefiro pensar que sim!
Como este fenómeno começou e evoluiu:
Depois… rapidamente terminou!
E eu agradeci!
Lisboa e o Tejo viram hoje nascer o dia…
…entre nuvens e reflexos…
…entre cinzentos e azuis…
…e numa intranquila calmaria!
Estava lindo!