toc toc (II)

Dando continuidade ao tema iniciado no passado dia 5 de Maio sobre as aldrabas/aldravas – um das mais genuínas ligações sonoras entre o exterior e o interior de uma habitação – hoje centro-me em formas um pouco mais elaboradas que as anteriormente partilhadas.

Nesse conjunto incluo primeiramente as oblongas/tipo jarra ou taça, que encontrei em grande número. Variam na forma, no material, na tonalidade, ou ainda nas ferragens a que estão normalmente circundadas mas, no geral, mantêm um padrão semelhante.

Um pouco mais complexo é o grupo que se segue e que finaliza esta temática. Nele aparecem formas diferenciadas, entre os quais animais, faces humanas, motivos vegetalistas, etc.

Neste último grupo, como devem ter constatado, o rosto do leão….o rei da selva….é também o “rei das aldrabas”!

Vejo isso como um facto bastante interessante pois, logo à partida e mesmo que inconscientemente, a presença de um leão à porta impõe respeito… indica status social… leva a um certo distanciamento, etc,. etc,.

Porém, e curiosamente…o seu “toc-toc” é semelhante aos demais!😉

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experimentações #40

Em 2015 comecei a sentir alguma necessidade de estar em férias sem o “compromisso” de registar esse período através de desenhos, textos, etc. Ainda fiz alguma coisa, mas já sem aquela vontade e interesse dos anos anteriores. São esses derradeiros registos em bloco que hoje partilho e que se referem a um período de férias passado entre o Algarve e o sul de Espanha.

No ano seguinte, em 2016, comecei a concentrar uma boa parte da minha energia criativa no Discretamente, pelo que após essa data a maioria dos desenhos realizados foram em função das necessidades do blog.

É muito provável que alguns de vós pensem que os blocos de férias seria algo para não deixar de fazer. De certa forma têm razão, mas precisei de parar por serem uma tarefa bastante exigente. Cada um deles foi uma descoberta e um prazer, mas a partir de certo momento deixou de o ser. Apenas isso. Na verdade, senti que queria começar a ter férias sem compromissos, sem objectivos e libertando a atenção e o olhar. No futuro porém, não descarto a ideia de voltar a eles.

Actualmente faço um ou outro desenho/aguarela, seja em férias seja para oferecer a familiares e amigos em aniversários ou no Natal. Mas nesta fase da minha vida, o tempo e a disponibilidade são realmente escassos. A actividade profissional… o dia-a-dia… a família/ netos…o Discretamente…e uma energia que já não é a mesma, não me permitem fazer mais.

Hoje, é com imensa ternura e alegria que olho para todos os blocos com registos gráficos que possuo e que guardo religiosamente. Afinal é uma parte de mim e da minha vida que está ali a descansar na prateleira de uma estante.

Boa semana!🤗

os monstros enfrentando a tempestade…

…. é a ideia que logo me surge perante esta imagem obtida por volta das 16 horas do passado dia 23 de Maio, terça-feira, na região de Lisboa, um pouco antes das fortes chuvadas acompanhadas de relâmpagos/trovoada que se abaterem sobre a cidade.

Por falta de oportunidade não a partilhei na devida altura, e só hoje, sexta-feira me é possível fazê-lo. A semana revelou-se complexa e a disponibilidade para o Discretamente tem sido nula, seja a publicar seja no acompanhamento de outros blogs.  De qualquer forma fica aqui este registo, o possível antes do fim-de-semana.

Voltando ao título deste post…

…apenas vos posso garantir que a natureza venceu a contenda e que os “monstros” apanharam uma belíssima molha!

Desejo um bom fim-de-semana!🤗

pelos meandros da noite…

A dupla dormir/noite é sempre uma surpresa. Ora é vivida como um recuperador instante que passou, ora é difícil e visitada por uma inesperada e desconfortável insónia. Este assunto já passou pelo Discretamente mas, sendo as insónias bastante “indiscretas”, volto ao tema…

Creio que ela, a insónia, vive algures em minha casa. Anda por ali a cirandar…e, azar o meu, só gosta de mim. Imagino-a ir todas as noites sorrateiramente espreitar à porta do quarto e questionar-se: “Será que hoje vou chateá-la…ou não?”

Se decide que sim, pode vir ter comigo logo ao tentar adormecer, ou então tocar-me a meio da noite e, num piscar de olho… acordar-me.

Quando esta segunda situação acontece, nem sempre olho para o relógio e, inicialmente, fico ali, quietinha, de olhos fechados, a contar números, carneiros ou estrelas imaginárias, para ver se volto a adormecer. E a pensar pelo meio, obviamente.

Pontualmente o voltar a dormir acontece, mas no geral não. Esse despertar antecipado é bom para planear, tomar resoluções, arranjar ideias para post, etc,. Aliás, este blog nasceu de uma insónia que tive há sete anos atrás. No meu caso, este tipo de insónia gosta de entrar em palco entre as cinco e as seis da manhã.

Como diz o velho provérbio “venha o diabo e escolha”…mas a verdade é que prefiro a insónia que entra em acção logo no início da noite. Quando percebo que fui “picada”, o melhor é sair da cama e aproveitar o tempo com algo útil e que estava à espera de ser concretizado. Esta é uma insónia mais activa, prática e organizativa. Uma ou duas horas depois o sono chega e durmo o resto da noite.

De uma forma geral as insónias são oportunistas e, no meu caso, têm adorado os desequilíbrios hormonais do corpo assim como as fragilidades emocionais associadas à menopausa. Para além disso, apreciam…

… o nosso cansaço

… um qualquer problema ainda pendente

… adoram a presença de um afrontamento pois aproveitam o seu desconforto e…zás, apanham-nos!

… apreciam as mentes femininas, no geral especialistas em pensar demais…

… e, curiosamente, também gostam de aparecer sem qualquer razão… mas apenas porque sim. Diria que isso faz parte da sua natureza, ou seja, chatear!

A experiência e a vida vão-nos ensinando a lidar com aquela questionável ideia ” se não consegues combater o inimigo, aceita-o ou junta-te a ele”….mas nesta matéria eu acrescentaria…..”com o humor possível!”

Desejo um fim-de-semana tranquilo, recuperador…e sem insónias por companhia!🤗

entre flores e insectos

No auge da Primavera, um post sem grandes palavras mas com cor e vários protagonistas. São eles alguns dos insectos recentemente encontrados num passeio pelo Parque Urbano da Serra de Carnaxide (área verde localizada perto de minha casa), e ainda pelas flores silvestres que os acolhem, muito abundantes nesta altura do ano.

São detalhes que me encantam seja pela cor e beleza destes seres de reinos diferentes, seja pelo que representa esta relação de interdependência na preservação e no futuro do nosso planeta. É sabido que a extinção de insectos é uma realidade preocupante, sendo indesejáveis as repercussões que essa situação pode vir a ter na produção de alimentos para a humanidade. Especialmente para as gerações que nos seguirão.

Por tudo isso, ver tantos diferentes e bem activos, foi um prazer. Para além de todos aqueles cujo retrato não ficou apresentável!

Com natureza, cor e vida… desejo a todos uma boa semana!🤗

65!

Quase quarenta anos depois de o fazer com os meus filhos voltei a brincar com plasticina, agora com o meu neto Vasco.

Tudo evoluiu e a plasticina também, seja em quantidade seja na qualidade de moldagem. Sendo um divertimento para ele e de certa forma também para mim, será em tons desse material que partilho convosco este dia em que chego aos 65 anos.

Se agora a brincadeira é com o Vasco, oxalá a vida me permita daqui a dois anos partilhar com a mesma disponibilidade momentos semelhantes também com o Vicente.

Agora é aproveitar as vantagens deste novo tempo, como os descontos e benesses disponíveis na área cultural, transportes, etc,. Sendo direitos que se adquirem nesta “terceira idade”, há que os aproveitar!

Neste “novo tempo”, o que mais desejo a nível pessoal?

… saúde, para que no dia-a-dia dos próximas anos possa aproveitar sem dores nem maleitas o tanto que a vida me dá;

… a capacidade de transformar com um certo humor as dificuldades que surgem nas esquinas deste caminhar. São reais e inevitáveis. Mas pode ser nosso um novo olhar e a capacidade de as relativizar;

… tal como a versatilidade da plasticina sempre permite uma nova moldagem… também eu gostaria de melhorar a capacidade de “moldar a mente” e de a re-orientar sempre que as formas de pensamento presentes sejam entrave ao avançar/evoluir. Por vezes a rotina e o cansaço têm o dom de nos imobilizar, empedernir, etc,.

… aproveitar as circunstâncias e vivências, mesmo que aparentemente simples e banais, para depois dizer a mim própria “esta já ninguém me tira”!

… que a criatividade continue como companheira e a curiosidade uma presença;

… manter-me equilibrada, mesmo que discretamente, neste mundo de tantos desequilibrios!

Porém, e para que tudo isto tenha sentido, desejo profundamente que a minha família esteja bem. Afinal, eles são os alicerces, apesar de eu estar na base da pirâmide.

Bem-vindos 65!🤗

(Aproveito para desejar um bom Dia da Mãe para todas as mães que me vão lendo e um bom domingo a todos os outros!)