areia sentida

Enterrar as mãos
apertá-la entre os dedos
e deixá-la esvair-se…

Senti-la na pele…

Morna,
terrena,
na sua macieza agreste
e na sua eternidade…

Areia na pele…
areia no pensamento…

…ou a minha incapacidade
de entender a sua atracção,
se na pequenez de um pequeno grão
se na sua infinidade!

(Dulce Delgado, poema antigo, não datado…mas sempre actual!)