No meu dicionário de português as palavras iniciadas por “Pi” ocupam cerca de dezasseis páginas entre substantivos/nomes, adjectivos, verbos, advérbios, etc., todas com um significado mais ou menos objectivo e por nós compreensível.
A excepção será a palavra “Pi”, a primeiríssima dessa lista e de todas a mais desafiadora, pelo menos para mim. Aliás, até já lhe dediquei um poema faz hoje precisamente cinco anos, no chamado “Dia do Pi” que hoje também se comemora.
Como a maioria de nós saberá, “Pi” é o nome masculino que é dado à letra grega π, e aquele símbolo que em matemática indica o número que resulta da relação entre o perímetro e o diâmetro de uma circunferência.
Ela será a mais pequena palavra dessas dezasseis páginas do dicionário… mas curiosamente consegue ser a maior e aquela que viaja e viaja por aí, já que poderíamos levar a nossa vida a “saltitar” sobre cada um dos seus números… um a seguir ao outro…e nunca veríamos o seu final. O nosso fim chegaria, mas o final do 3,14159265358979323846……nunca passaria de uma miragem.
Definitivamente, gosto do “Pi”. E gosto porque sempre me faz pensar… porque na sua essência está associado à forma geométrica que mais me atrai (o círculo)…e ainda pela ideia de imensidão ou de infinita dimensão que nunca o larga.
Vejo-o como uma inócua ponte incompreensível que, a par de outros detalhes, facilmente me levam a “fugir” deste incompreensível planeta que habito/habitamos.