





A leitura de uma qualquer enciclopédia diz muito sobre este termo, designadamente sobre a sua origem, composição, tipos, função, etc., sendo certo que cada um de nós e especialmente cada área de actividade olhará para ele de forma diferente. Provavelmente um agricultor não olha para o solo de mesma forma que um biólogo, e este último não o verá pelo mesmo ângulo de um engenheiro civil ou de um arquitecto.
Todos estão certos dentro das suas lógicas, pois é no solo que muito acontece. Aí se constroem as casas que habitamos, criam-se espécies animais e vegetais (muitas das quais são a base da nossa alimentação), nascem fontes ou correm linhas de água que são vitais para todos. Além disso é aquele lugar em que a natureza exprime muita da sua beleza e exuberância.
O solo resultou da passagem do tempo e da actividade dos elementos sobre a “rocha- mãe”, processo erosivo que deu origem a estratos diferentes, de maior mobilidade, porosidade, mas também férteis e ricos em nutrientes…uma camada que, por ter essas características, é leito de sementes e raízes, abrigo de espécies e um polo de vida que gera vida. É seguramente a componente fértil da terra, qual útero superficial que recebe com alegria a água que a penetra assim como o abraço do sol ou o do ar que tudo envolve.
Se divagarmos um pouco podemos ver o solo como a parte “humana” do planeta… como aquela pele ou camada superficial mais orgânica e moldável que se adaptou às deformações, reviravoltas e convulsões da crosta terrestre.
Com essa versatilidade, ele é suporte, sobrevivência, palco… e nele a Vida acontece. Basta vermos que é directamente sobre ele que nasce a maioria dos animais ou que os ovos de muitas espécies são incubados.
Já para muitos de nós, talvez pelo facilitismo que nos habita ignoramos amiúde o seu poder, energia e generosidade. É algo adquirido que está ali, simplesmente, e que mais facilmente somos capazes de explorar/deteriorar do que o apreciar ou proteger. E não deveria ser assim.
Amanhã será o Dia Mundial do Solo, um bom momento para reflectir sobre este precioso recurso terrestre.

O solo é para além de parte fundamental da natureza, um dos pilares da nossa existência. Se não o cuidarmos melhor, e se continuarmos a explorar de forma desenfreada todas as suas potencialidades, um dia será tarde de mais. Para além de belas imagens (a das ovelhas é uma delicia), a sensibilidade dos seus textos levam-me muitas vezes para novos lugares, ou melhor, dão-me novas perspectivas de “lugares” que também são meus, são de todos, e este é um desses casos. 😊Bom início de semana Dulce!
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Obrigada, gostei da apreciação e do reforço que a Antónia faz relativamente à importância deste tipo de posts. Creio que em determinadas áreas é necessário ir reforçando e alertando para a fragilidade que as mesmas representam na vida de todos nós e deste planeta.
Por isso um comentário neste tipo de posts (para muitos certamente “chato” porque não traz nada de novo nem são criativos), é especialmente bem vindo.
Obrigada novamente e desejo uma boa semana!🌼
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Acredite que me leva muitas vezes a refletir sobre algumas temáticas, mesmo do quotidiano, mas que vão passando “ao lado” na correria dos dias. E trata delas com tanta sensibilidade e bom gosto que acho impossível alguém não as considerar interessantes!😊😉
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🙏🏻😊
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You do this kind of post so well, Dulce. The images illustrate the variety in the kinds of ground we experience and what it does for the planet. An important topic, beautifully shown!
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I think it is very important to value and take a closer look at what we “tread on and explore” every day…
It is, with no doubt, a pillar of our existence. Thanks.
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